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Interpol considera que Moro pode ter violado regra internacional em caso de Tacla Duran

Agência diz que conduta do juiz pode ter violado dispositivo que trata da cooperação entre as polícias de diferentes países.

7/8/2018

A Interpol, agência de investigação internacional, considerou que a conduta do juiz Sérgio Moro pode ter violado artigo de sua constituição, que trata da cooperação entre as polícias de diferentes países, no caso do advogado Rodrigo Tacla Duran.

A consideração consta na decisão na qual a agência tirou Duran da lista de procurados internacionais do órgão e suspendeu o alerta vermelho sobre seu nome. Duran é suspeito de participar de esquema de corrupção da Petrobrás revelado pela operação Lava Jato.

No documento, a defesa de Duran colocou em xeque a imparcialidade de Moro citando a entrevista que o juiz concedeu ao programa Roda Viva, da Tv Cultura, oportunidade na qual falou sobre o processo.

Para a agência, a conduta de Moro pode ter violado o 2º artigo da constituição da Interpol, o qual dispõe: "assegurar e promover a mais ampla assistência mútua possível entre todas as autoridades policiais criminais dentro dos limites das leis existentes nos diferentes países e no espírito da Declaração Universal dos Direitos Humanos".

A Interpool considerou que a defesa de Duran apresentou evidências, "que eram facilmente verificáveis por meio de uma pesquisa de fontes abertas", para sustentar a alegação de que Moro falou publicamente sobre o advogado durante a entrevista. A agência endossou que Moro negou pedidos para testemunha em outros casos e emitiu uma opinião sobre a veracidade de qualquer informação que ele pudesse apresentar.

Veja a decisão da Interpol.

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