Posse
Jacqueline Lima Montenegro e Katya Maria Daquer são promovidas a desembargadoras no TJ/RJ
As juízas Jacqueline Lima Montenegro, da 6ª vara da Fazenda Pública, e Katya Maria Monnerat Moniz de Aragão Daquer, da 14ª vara de Família da capital, são as novas desembargadoras do TJ/RJ. Elas foram promovidas no dia 10, e empossadas no cargo pelo presidente do TJ/RJ, desembargador Luiz Zveiter. "É um prazer redobrado dar posse às queridas Jacqueline e Katya", disse o presidente do TJ/RJ, lembrando que o magistrado tem o compromisso de minimizar os problemas daqueles que batem à porta do Judiciário.
Em solenidade realizada no plenário do Órgão Especial, as novas desembargadoras prestaram o compromisso de cumprir os deveres inerentes ao cargo. Elas foram saudadas pelo ex-presidente do TJ/RJ, desembargador Sérgio Cavalieri Filho, em nome dos demais integrantes do Judiciário fluminense. Cavalieri lembrou que a promoção das duas magistradas demonstra o avanço do TJ/RJ em relação ao preconceito contra a mulher.
"Na Justiça, até certo tempo houve preconceito contra a mulher. Há 37 anos havia apenas uma mulher desembargadora. Por muito tempo, a Justiça privou-se do talento e sensibilidade da mulher", afirmou Sergio Cavalieri. Ele leu os currículos das magistradas e disse que ambas têm experiência em todas as áreas da Justiça.
Com a promoção das duas juízas, sobe para 46 o número de desembargadoras do Tribunal de Justiça do Rio, que possui 132 desembargadores de um total de 180 cargos criados por lei. Há ainda dois cargos vagos. Dos 871 magistrados do Judiciário estadual, 465 são homens e 406 são mulheres. "Elas vão tomar conta. Tomara, porque a sensibilidade delas é muito maior", comentou o desembargador Sergio Cavalieri.
Experiência em diversas áreas da Justiça
Casada e mãe de quatro filhos, a desembargadora Jacqueline Montenegro foi promovida pelo critério de merecimento. Ela ingressou no TJ/RJ em junho de 1993, após breve experiência na advocacia privada. Também atuou na Defensoria Pública e, no Judiciário do Rio, trabalhou nas Comarcas de Teresópolis, Nova Iguaçu, Itaboraí, Niterói e Maricá. Em seu currículo consta ainda atuação nas serventias com excesso de acervo processual, nos mutirões e no Conselho de Vitaliciamento, onde exerceu a função de supervisora. Foi juíza substituta, titular e corregedora do TRE, além de palestrante da Escola da Magistratura do Rio - Emerj e professora de curso de pós-graduação em Direito.
Com grande experiência na área da Fazenda Pública, a desembargadora Jacqueline Montenegro disse, em seu discurso de agradecimento, que a conjuntura social tem exigido muito do juiz. "Muitas são as situações caóticas, exigindo de nós coragem, maturidade e introspecção para decidir. O que se espera do juiz são medidas para a aquisição de medicamentos ou a posse de um imóvel para habitação. É preciso de nossa parte prudência, isenção e tenacidade", assegurou a magistrada.
A desembargadora Katya Monnerat foi promovida pelo critério da antiguidade. Casada e mãe de um casal de filhos, ela ingressou no TJ do Rio dois anos antes de sua colega, em julho de 1991, tendo trabalhado nas Varas Regionais de Campo Grande, Jacarepaguá e Madureira. Também foi juíza de vara Cível, da Fazenda Pública, da Infância e da Juventude, Empresarial e nos Juizados Especiais. Atualmente, a desembargadora compõe a Comissão Estadual Judiciária de Adoção - Ceja. "Estou há 18 anos na Magistratura, onde ingressei com 27 anos de idade", afirmou a desembargadora, agradecendo àqueles que contribuíram para o seu sucesso na Justiça, entre eles, familiares e magistrados.
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