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STF: Maioria torna Carla Zambelli ré por porte ilegal de arma de fogo

A deputada foi denunciada pela PGR após o episódio em que ela sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.

18/8/2023

Nesta sexta-feira, 18, o STF formou maioria (Gilmar Mendes, Moraes, Cármen Lúcia, Zanin, Fachin, Barroso, Toffoli e Rosa Weber) para tornar ré a deputada Federal Carla Zambelli pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. 

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O julgamento ocorre em plenário virtual e deve ser encerrado em 21 de agosto. 

STF tem maioria para tornar Zambelli ré por porte ilegal de arma de fogo.(Imagem: Gabriela Biló/Folhapress)

A Corte analisa denúncia apresentada pela PGR contra a parlamentar após o episódio em que ela sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022. A perseguição começou após Zambelli e Luan trocarem provocações durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo. 

Voto condutor

No voto, o relator, ministro Gilmar Mendes, votou pelo recebimento da denúncia contra a deputada. Para S. Exa., há indícios suficientes para a abertura da ação penal contra Carla Zambelli. "Ainda que a arguida tenha porte de arma, o uso fora dos limites da defesa pessoal, em contexto público e ostensivo, ainda mais às vésperas das eleições, em tese, pode significar responsabilidade penal", escreveu Gilmar. 

As ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber e os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Dias Toffoli acompanharam o relator. 

Leia o voto do relator.

Divergência

Ministro André Mendonça, em contrapartida, divergiu do relator ao considerar que o caso não é de competência do Supremo e que deveria ser analisado pela primeira instância. Isto porque, em seu entendimento, os fatos não tem relação com a atividade parlamentar de Zambelli. 

"A discussão pode até ter se iniciado em razão de divergências ideológicas, ou em razão de torcida quanto à eleição presidencial que se aproximava, mas esses aspectos não chegam a configurar relação verdadeira e direta com o desempenho da atividade funcional da parlamentar", asseverou.

No mesmo sentido foi o voto do ministro Nunes Marques.

Leia o voto da divergência.

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