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Desembargador se declara suspeito para processos da Lava Jato no RJ

Sem revelar os motivos, o desembargador Paulo César Morais Espírito Santo disse que, durante sua licença por conta da covid-19, tomou conhecimentos de fatos que o impedem de "continuar prestando uma jurisdição imparcial".

10/1/2021

O desembargador Paulo César Morais Espírito Santo, do TRF da 2ª região, se declarou suspeito para julgar processos relativos à Lava Jato no RJ.

Sem revelar o motivo, o desembargador apenas diz que tomou conhecimento de fatos que o impedem de prosseguir como julgador no caso e que, por motivo de foro íntimo, declara sua suspeição.

(Imagem: Reprodução/TRF-2)

Espírito Santo já foi relator de algumas operações, tais como:

No documento, o desembargador explica por ter contraído covid-19, endereçou ao presidente do TRF-2 a redistribuição dos processos para o regular prosseguimento, o que não foi deferido sob o fundamentado de que não há previsão legal para a redistribuição e de que a juíza Federal Andrea Daquer Barsotti está convocada para prestar auxílio em meu Gabinete.

Por fim, afirmou que durante sua licença médica, tomou conhecimento de alguns fatos sobre a operação Lava-Jato, "que me impedem de, daqui para frente, continuar prestando uma jurisdição imparcial".

“No entanto, além da impossibilidade de atuação combativa e diligente em razão da licença médica, naquele período de afastamento tomei conhecimento de alguns fatos sobre a Operação Lava-Jato, que me impedem de, daqui para frente, continuar prestando uma jurisdição imparcial. O contexto que outrora norteava minha atuação na referida Operação foi alterado, de maneira que a isenção que regeu minha atuação até aqui não é mais a mesma, obstando, assim, minha atividade judicante nos feitos relativos àquela Operação.”

Veja a íntegra do documento.

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