De acordo com IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, empresas de todos os portes gastaram cerca de R$ 140 bilhões, em 2016, para se defender na Justiça. O valor corresponde a 1,7% do faturamento. Para Paula Rocha, coordenadora da câmara de conciliação e mediação online Vamos Conciliar, buscar soluções alternativas de conflitos é uma oportunidade de economizar recursos, tempo e preservar o relacionamento entre as partes.
De acordo com a especialista, litígios empresariais, decorrentes de discussões entre sócios, divergências na condução empresarial ou no cumprimento de contratos costumam ter resultados desastrosos para as entidades se não forem bem geridos. Portanto, a mediação tem como um dos principais papéis conservar e proteger para que um bem conquistado com tanto esforço não tenha perdas incalculáveis.
Rocha explica que, dependendo da situação financeira ou estratégia do conflito e do seu tempo de duração, as perdas podem ultrapassar os valores envolvidos no litígio, especialmente por conta da insegurança e instabilidade que criam no ambiente empresarial. Por isso, a possibilidade de uma solução pacificadora é a melhor alternativa.
Na mediação empresarial, as próprias partes podem chegar a um acordo, com o auxilio de seus advogados e do mediador. Para Paula Rocha, essa alternativa se torna interessante, pois no espaço empresarial é muito importante evitar um conflito maior diante de um bem construído com muito esforço.
“Um conflito empresarial, seja ele interno ou externo, se administrado de forma construtiva e por profissionais qualificados, pode ser uma oportunidade de recuperar a relação de confiança fragilizada pelo atrito. Para isso, é preciso que as partes tenham uma alteração de postura e mentalidade, dispostos ao diálogo e abertos a solução, que pode ser inovadora e até mesmo criativa”.
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