O juiz Federal Marcelo Bretas, da 7ª vara Criminal do RJ, recebeu nesta sexta-feira, 10, denúncia do MPF contra Eike Batista, Sérgio Cabral e outras sete pessoas em razão das investigações da operação Eficiência, deflagrada em janeiro em desdobramento da Lava Jato. Eles são acusados de corrupção e lavagem de dinheiro.
Além dos dois, também são réus a ex-primeira-dama do RJ Adriana Ancelmo Cabral, Wilson Carlos, Carlos Emanuel Miranda, Flávio Godinho, Luiz Arthur Andrade Correia e Renato e Marcelo Hasson Chebar.
Na denúncia, o MPF acusa Eike Batista de pagar US$ 16,5 milhões ao ex-governador do RJ, por meio da conta Golden Rock, no TAG Bank do Panamá. Os recursos foram transferidos por meio de um contrato “fictício” de intermediação de negócio relativo à aquisição de uma mina de ouro pelo Grupo X.
O parquet Federal também denuncia o pagamento de R$ 1 milhão ao escritório de advocacia de Adriana Ancelmo. De acordo com a denúncia, não houve prestação de serviço que justificasse o repasse dos valores. “Os advogados que se encontravam presentes informaram que trabalhavam há muitos anos no escritório e que desconheciam qualquer prestação de serviços para a EBX, não tendo sido, ademais, localizado nenhum documento no escritório relacionado à EBX.”
A denúncia faz do empresário réu pela quarta vez na Justiça fluminense. Nas outras três ações penais que responde, instauradas em 2014, Eike é acusado de negociar ativos financeiros com informações privilegiadas, o insider trading, na venda de ações das empresas OGX e OSX, e de manipular o mercado, ao insuflar o interesse dos investidores pelas ações enquanto ele se desfazia dos papéis.
Veja a íntegra da denúncia.