Eike Batista é alvo de fase da Lava Jato no RJ
O empresário está viajando, mas advogado informou que Eike se entregará à polícia.
Da Redação
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
Atualizado às 07:14
A PF e o MPF cumprem nesta quinta-feira, 26, mandados de prisão preventiva e conduções coercitivas no RJ, na operação Eficiência. Entre os alvos, o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX.
Por volta das 6h40, o advogado Fernando Martins, que se apresentou como advogado de Eike, chegou à casa do empresário, no Jardim Botânico, e informou que ele está viajando, mas que se entregará à polícia.
Outros alvos da operação são o ex-governador Sérgio Cabral, que já está preso no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, e Wilson Carlos e Carlos Miranda, que também estão presos. Todos os mandados de prisão foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
A PF investiga crimes de lavagem de dinheiro consistente na ocultação no exterior de aproximadamente U$ 100 mi, bem como crimes de corrupção ativa e corrupção passiva, além de organização criminosa.
Um mandado de prisão foi cumprido contra Flávio Godinho, vice-presidente de futebol do Flamengo. Ele é acusado de ser um dos operadores do esquema, através da ocultação e lavagem de dinheiro das propinas que eram recolhidas das empreiteiras que faziam obras públicas no RJ.
Em 2016, em depoimento espontâneo à força-tarefa da Lava Jato, informações de Eike levaram ao pedido de prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Eike afirmou que Mantega pediu-lhe um pagamento de R$ 5 mi para o PT, em novembro de 2012.
Na época, Mantega era presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Sob orientação do partido, ele teria firmado um contrato fraudulento com uma empresa do casal de publicitários João Santana e Mônica Moura, para realizar as transferências.
Os pagamentos foram feitos no exterior, num total de US$ 2,35 mi.