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Mudança de cultura da judicialização para conciliação é inevitável, afirma especialista em mediação

Professor Rodrigo Vianna afirma que a conciliação é um conceito que deve ser ampliado cada vez mais.

2/2/2017

Desde a atualização do Código de Processo Civil, a conciliação tem ganhado força no Brasil. Para o professor Rodrigo Vianna, coordenador do curso on-line de mediação e arbitragem da FGV-Rio, a mudança de cultura da judicialização para a conciliação é um caminho lento, porém inevitável.

Segundo Vianna, a conciliação é um conceito que deve ser ampliado cada vez mais. Isso porque, a facilitação de acesso à Justiça alcançada nos últimos anos, embora muito positiva, resultou no excesso de demandas no Judiciário, que não tem estrutura para atender tantos casos.

Além disso, na opinião do professor, o tempo de duração de um processo judicial se torna caro demais, uma vez que tem o custo financeiro, o custo emocional e o custo para o país, que paga pelo funcionamento das instituições. Por isso, o especialista defende que as pessoas tenham mais conhecimento das "soluções alternativas de conflito" que buscam a negociação.

"São alternativas que não precisam do Judiciário, pois podem ser resolvidas por profissionais capacitados, com total confidencia e segurança."

Essa mudança cultural deve vir também do advogado, que sai da universidade preparado para o embate, afirma Vianna. Para o professor, o profissional de Direito terá que aprender "a negociar, a ouvir, a ceder e a construir o consenso".

Câmaras de conciliação

Uma das coisas que auxiliam na construção e consolidação da cultura do consenso são as câmaras de conciliação que, de acordo com Vianna, têm um papel importante nesse momento.

"As câmaras atuam como legitimadores dessa nova cultura, mostra para as pessoas que é possível solucionar suas questões fora do Judiciário."

A Vamos Conciliar é um exemplo. Com sede em Brasília, a câmara de conciliação on-line atende diversos casos e instituições em todo país.

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