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Após liminar suspender edital da defensoria, convênio de assistência judiciária será retomado emergencialmente

"Pela liminar obtida pela OAB/SP junto à Justiça Federal, O Edital Da Defensoria foi suspenso e o Convênio de Assistência Judiciária fica mantido de forma emergencial, exclusivamente com correção monetária, uma vez que o aumento da tabela de honorários ainda não foi objeto de negociação e as partes – Ordem e Defensoria – irão negociar para futuramente assinar a renovação", explica o presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D’Urso.

31/7/2008


Assistência judiciária

Após liminar suspender edital da defensoria, convênio de assistência judiciária será retomado emergencialmente

"Pela liminar obtida pela OAB/SP junto à Justiça Federal, O Edital Da Defensoria foi suspenso e o Convênio de Assistência Judiciária fica mantido de forma emergencial, exclusivamente com correção monetária, uma vez que o aumento da tabela de honorários ainda não foi objeto de negociação e as partes – Ordem e Defensoria – irão negociar para futuramente assinar a renovação", explica o presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D’Urso.

Para o presidente da OAB/SP, o grande mérito da liminar da Justiça Federal, além de restabelecer o atendimento à população carente, é ter reconhecido, a priori, a ilegalidade e inconstitucionalidade do cadastramento direto de advogados realizado pela Defensoria Pública por meio de Edital. "Dessa forma, prevalece o que determina a lei - os advogados só podem prestar assistência judiciária pela Defensoria mediante convênio com a OAB/SP. O Tribunal de Contas do Estado também chegou à mesma conclusão, ao determinar que a defensora pública geral se abstivesse de promover a homologação da lista de advogados cadastrados diretamente até pronunciamento final do TCE", ressalta D’Urso.

O presidente da OAB/SP explica, ainda, que a OAB/SP não podia, embora desejasse, retomar o atendimento jurídico à população carente porque estava impedida pela não renovação do convênio.

Ontem, 31/7, à tarde, houve reunião entre a OAB/SP, representada pelo diretor tesoureiro, Marcos da Costa e pelo presidente da Comissão de Assistência Judiciária, Luiz Antonio Ignácio, com os representantes da Defensoria Pública, na qual será definida a parte operacional da volta do Convênio.

Também serão retomadas às negociações sobre o aumento da tabela de honorários, entre outros pontos da pauta. "Queremos segurança de que a Defensoria Pública irá honrar os compromissos decorrentes do convênio e que reconhece o papel da OAB SP na prestação jurisdicional à população carente", adverte D’Urso.

Liminar

Na última terça-feira, 29/7, a OAB/SP obteve na 13ª Vara Federal, liminar em Mandado de Segurança suspendendo o Edital da Defensoria Pública para cadastramento direto de advogados para prestação de serviços suplementares de assistência judiciária, sem participação da OAB/SP.

"A iniciativa da Defensoria Pública de publicar este Edital fere a Constituição Estadual (clique aqui - art. 109) e a Lei Complementar 988/06 (clique aqui), portanto é inconstitucional e ilegal, além de ser prejudicial aos interesses da advocacia e da cidadania. Por isso, promovemos medidas judiciais contra essa ilegalidade na defesa dos interesses da classe , objetivando a retomada do convênio da Defensoria com a OAB/SP e melhorando os valores pagos na tabela de honorários. Esta liminar representa uma grande vitória para a advocacia paulista", afirmou o presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D’Urso.

O juiz federal Wilson Zauhy Filho, em sua decisão, reconhece a participação legítima da OAB/SP no convênio e os argumentos da Ordem sobre a inconstitucionalidade e a ilegalidade do Edital da Defensoria: "A disciplina do convênio administrativo prevista em textos normativos estaduais, em especial na Constituição do Estado de São Paulo e na Lei Complementar estadual n º988, de 9 de janeiro de 2006, não deixa dúvidas de que a utilização da força de trabalho dos advogados, na condição de agentes suplementares das atribuições típicas da Defensoria Pública só podem se dar mediante concerto de vontade entre as instituições ora em litígio, a OAB e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo".

Para D’Urso, "a concessão da liminar e da suspensão do Edital, reforça a necessidade de a Defensoria, urgentemente, ultimar o diálogo com a OAB/SP a fim de rever os valores da tabela de honorários, restabelecendo-se imediatamente o atendimento à população carente no Estado de São Paulo".

O juiz Zauhy Filho também decidiu que a prestação dos serviços aos necessitados e acesso à Justiça não devem sofrer solução de continuidade. Assim sendo, determinou que OAB/SP e Defensoria Pública devem dar continuidade ao convênio então existente até 11 de julho de 2008, "em todos os seus termos, até que sobrevenha solução definitiva nos presentes autos ou, ainda, ocorra adequação dos fatos à realidade normativa prenunciada nas razões de decidir da liminar".

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