Acordo Nacional
Instituto Brasileiro do Crisotila cobra mais ação das Comissões de Fábrica sobre o uso controlado do amianto
Segundo o Instituto, o atual acordo coletivo, em vigor desde 1º de outubro, melhorou ainda mais os níveis de manuseio seguro do amianto crisotila – o único permitido no mundo –, ao reduzir para 0,10 fibra de amianto por centímetro cúbico de ar o índice máximo admissível de fibras em suspensão em todos os postos de trabalho da indústria do fibrocimento com uso de amianto crisotila. No acordo anterior, completa o Instituto, admitia-se esse mesmo percentual de fibras em suspensão no ar para 85% dos postos de trabalho e nos demais 15% dos locais a tolerância era de até 0,2 fibra/centímetro cúbico.
Outra questão abordada pela presidente do Instituto Brasileiro do Crisotila foi a Portaria nº 1.851 do Ministério da Saúde, que deixou de exigir das empresas que usam fibras alternativas na produção de telhas de fibrocimento o envio ao SUS da relação de trabalhadores e ex-trabalhadores. "É um absurdo que seja mantida a exigência só em relação às empresas que usam amianto crisotila, que adotam tecnologia de ponta para proteger a saúde dos seus trabalhadores e reduzir drasticamente o risco de doenças asbesto-profissionais. Afinal, não se sabe ao certo os malefícios provocados pelo uso e aspiração de fibras de polietileno, já que a OMS (organização Mundial da Saúde) afirma inexistir qualquer pesquisa científica em relação aos danos à saúde gerados por essa matéria-prima", destacou Marina de Aquino.
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Membro do Conama admite preconceito e desconhecimento
Segundo o Instituto, o presidente da Câmara Técnica de Saúde, Saneamento Ambiental e Gestão de Resíduos, do Conama - Conselho Nacional do Meio Ambiente, André Alliana, admitiu não possuir nenhum conhecimento técnico sobre amianto crisotila. "Tenho preconceito contra o amianto, de tanto ouvir falar contra ele, mas estou aberto a conhecer os estudos técnicos e científicos sobre esse mineral", declarou.
Ele admitiu ainda que poderá ser reaberta a discussão, na Câmara Técnica de Saúde, sobre a Resolução 348 do Conama, que incluiu os cacos de telha de fibrocimento produzidas com amianto como "resíduos perigosos da construção civil", contrariando o posicionamento defendido pelo Instituto Brasileiro do Criusotila. "Ninguém pode negar o direito de reabrir essa discussão em bases técnicas e científicas. A dificuldade será mais política, mas não é intransponível" afirmou.
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