O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, comentou o indiciamento pela PF nesta quinta-feira, 21. Ele e mais 36 investigados são acusados de suposto envolvimento em plano para um golpe de Estado após as eleições de 2022.
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O indiciamento ocorreu no contexto de operação da PF, que prendeu seis militares acusados de planejar a morte do presidente Lula, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Em declaração ao portal Metrópoles, Bolsonaro criticou Moraes, que atua como relator do processo no STF.
"O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", afirmou Bolsonaro.
Ele também indicou que aguardará orientação jurídica antes de tomar qualquer medida quanto ao indiciamento.
"Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", declarou.
A investigação da PF revelou que um dos militares envolvidos chegou até as imediações da residência do ministro Alexandre de Moraes para prender o magistrado.
O relatório ainda cita uma mensagem de Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes, ao então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro, na qual Vieira escreveu: "Use a sua criatividade rsrsrs". A mensagem, segundo Bolsonaro, é reflexo do que ele chama de atuação "fora da lei" do ministro.
Golpe de Estado e homicídios
A existência da organização criminosa foi anunciada no início da semana, quando foi deflagrada a operação Contragolpe.
Na terça-feira, 19, cinco pessoas foram presas pelo envolvimento no plano de golpe em 2022, e de homicídio dos candidatos eleitos à presidência da república e vice-presidência - Lula e Alckmin.
O ministro do STF Alexandre de Moraes também estava na lista dos que seriam executados.