Migalhas Quentes

Poderes assinam pacto pela transição energética; advogado analisa

Especialista destaca as nuances legais envolvidas, abordando como esse acordo pode impactar a legislação vigente e promover a responsabilidade ambiental nos próximos anos.

31/8/2024

Os presidentes da República, do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do STF assinaram o pacto pela Transformação Ecológica entre os Três Poderes, com o objetivo de alinhar institucionalmente as políticas públicas em prol do desenvolvimento sustentável, abrangendo questões fundiárias e a transição energética.

De acordo com o advogado Luis Fernando Priolli, especialista em energia, petróleo e gás do escritório Urbano Vitalino Advogados, nas comunidades que não dispõem de energia elétrica, não têm como armazenar alimentos, é necessário colher, preparar e consumir imediatamente para evitar desperdícios.

"Além das questões alimentares e de saúde, o acesso à energia elétrica tem um impacto significativo na educação dos povos nativos da Amazônia, pois, segundo o IEMA - Instituto de Energia e Meio Ambiente, 43% das comunidades com energia solar possuem escolas que oferecem ensino noturno, além de permitir a expansão do uso de eletrodomésticos, celulares e lanternas."

Priolli comenta que o uso da energia solar em substituição aos geradores a diesel tem o potencial de economizar mais de R$ 360 mil por ano em subsídios, considerando uma população de oito mil pessoas. "Se considerarmos que até dois milhões de pessoas no país ainda não têm acesso à energia elétrica e, portanto, buscam suprir essa carência, mesmo que seja com geradores, é lícito concluir que a simples substituição poderia economizar cerca de R$ 90 milhões", enfatiza.

Pacto pela Transição Energética é uma revolução, diz especialista.(Imagem: Freepik)

A região Amazônica possui um dos maiores potenciais de desenvolvimento fotovoltaico, com índices de radiação solar global média de até 5,5 kWh/m², conforme dados fornecidos pelo Atlas Solarimétrico do Brasil.

Segundo o especialista, mesmo considerando que os geradores têm um custo unitário menor que as placas solares, ao levar em conta a vida útil de até 25 anos de cada placa e o fato de que não necessitam de combustível para gerar eletricidade, a geração solar se torna muito menos onerosa.

"Numa região de imensa relevância ambiental para toda a sociedade brasileira, a utilização de fontes renováveis e inesgotáveis, especialmente em comunidades isoladas na Amazônia, é crucial, pois ajuda a conter os impactos das mudanças climáticas, bem como a reduzir as desigualdades sociais e regionais", finaliza.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas de Peso

Governança corporativa e direitos humanos: Tendência emergente ou modismo superficial?

1/8/2023
Migalhas de Peso

Os valores da Governança Corporativa baseada no modelo ESG

28/12/2021
Migalhas de Peso

A importância da responsabilidade social nas empresas

9/10/2018

Notícias Mais Lidas

"Vale-peru"? TJ/MT fixa R$ 10 mil de auxílio-alimentação em dezembro

19/12/2024

Bosch é condenada a pagar R$ 1,7 mi por fraude em perícias judiciais

19/12/2024

iFood é multada por designar representante hospitalizado em audiência

19/12/2024

PEC que limita supersalários de servidores é aprovada pelo Congresso

20/12/2024

MP/BA investiga Claudia Leitte por retirar "Iemanjá" de música

19/12/2024

Artigos Mais Lidos

Afinal, quando serão pagos os precatórios Federais em 2025?

19/12/2024

Atualização do Código Civil e as regras de correção monetária e juros para inadimplência

19/12/2024

5 perguntas e respostas sobre as férias coletivas

19/12/2024

A política de concessão de veículos a funcionários e a tributação previdenciária

19/12/2024

Julgamento do Tema repetitivo 1.101/STJ: Responsabilidade dos bancos na indicação do termo final dos juros remuneratórios

19/12/2024