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Juiz diz que bate-papo no MSN entre funcionários da Justiça publicado no "Diário Oficial" foi inventado por um servidor
Segundo Jeová, a investigação do caso começou no mesmo dia da publicação, no dia 25/6. "Na conversa há ofensas dos dois contra a diretora e de forma indireta contra mim, mas nenhum de nós acreditou desde o princípio", disse. A diretora do cartório da 7ª Vara Cível, Aparecida Tavares de Toledo, disse que ficou assustada quando soube da publicação. "Até sofro por ele (André). Mas tudo já foi negado", disse. Ela disse que é bom o clima entre as cerca de 20 pessoas trabalham seção, o que não justificaria as acusações.
A fraude, segundo o juiz, foi constatada após solicitação de informações junto à Microsoft - proprietária do programa de troca de mensagens -, à Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo - Prodesp e após contratação de um perito em informática independente. No final da tarde de sexta-feira Jeová afirmou ter recebido novo relatório da Prodesp informando que o diálogo publicado foi criado em 10 de abril de 2007, às 14h07. Na versão publicada no D.O., o bate-papo teria ocorrido em 12 de junho.
"Este dado que acabei de receber mostra bem a incongruência. Era alguém que tinha muita mágoa do André e da Luciana", afirma. Jeová diz que há registro recente de demissões no departamento e que a pessoa demitida se encaixa no perfil do suposto falsificador. "Ao que tudo indica é uma pessoa só", afirma.
O TJ/SP informou que foi aberto um procedimento administrativo para apurar o que aconteceu. A decisão final caberá ao presidente Celso Limongi. A Imprensa Oficial, que publica o Diário Oficial, informou que o envio de informações é feito por um sistema informatizado e seguro, com controle de acesso rigoroso. Os dados da publicação foram enviados ao Poder Judiciário, ao qual os funcionários supostamente envolvidos estão subordinados.
De acordo com a Imprensa Oficial, cada órgão público envia os dados por meio de senhas exclusivas e é responsável por seu conteúdo, que não pode ser manipulado nem sofrer qualquer alteração. A 'brincadeira' custou ao Estado R$ 2.053,09 pelo espaço usado no jornal.
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Fonte: O Estado de S. Paulo - Portal G1
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