Neste ano, o Demarest Advogados celebra seu jubileu de brilhante. 75 anos de uma trajetória que se mistura ao desenvolvimento da economia e de diversos setores industriais do país. Com 24 práticas de Direito, 70 sócios e cerca de 600 profissionais, atua diuturnamente para atender mais de 2.000 clientes dentro e fora do Brasil.
Tudo começou em 1948. Após uma temporada no Brasil para liderar a filial de uma companhia elétrica, o advogado norte-americano Kenneth Demarest se une a João Batista Pereira de Almeida, chefe do setor Jurídico da FIESP, para fundar o que se tornaria um dos maiores escritórios de Direito Empresarial do país: o Demarest e Almeida Advogados.
Formado pela USP, Almeida sempre se interessou pelo progresso do país por meio do desenvolvimento econômico. A posição na FIESP foi crucial para estreitar laços com os industriais. Já sobre Demarest, corria o boato de que ele seria um espião americano. De fato, durante a guerra ele atuou como informante da Marinha americana, enviado para colher informações em Portugal e procurado por agentes secretos e políticos influentes da mais variada estirpe –, até agir na aproximação de alemães contrários a Hitler.
De acordo com o sócio gestor Paulo Coelho da Rocha, o escritório foi fundado com um viés institucional. “Realmente ele não era um escritório de dono, que teria novos nomes à medida que novos sócios fossem entrando.” Sem abandonar sua história, hoje o escritório adota somente Demarest, como ficou conhecido ao longo desses 75 anos.
Sobre a atuação, ele explica que tudo começou “um pouco da cabeça do Demarest, já focando em clientes multinacionais e olhando para a advocacia corporativa, que na época do pós-guerra era uma coisa mais incipiente no Brasil.”
Com a chegada da década de 50, a industrialização brasileira e o aporte de diversas empresas estrangeiras ao país, a onda de progresso rendeu bons frutos. O escritório conquistou grandes clientes no setor automotivo e contratou seu primeiro advogado: Naum Rotenberg. Recém-formado nas arcadas, após ver um anúncio no jornal O Estado de S.Paulo, ele enviou uma carta candidatando-se à vaga. Poucos anos mais tarde, ele seria o responsável pela instalação da primeira fábrica de veículos em São Bernardo do Campo.
Já nos anos 60, as fusões e aquisições passaram a movimentar o escritório: três ou quatro operações eram fechadas por semana. Nessa época a sociedade também teve sua primeira alteração. Kenneth Demarest voltou para os Estados Unidos e Naum Rotenberg assumiu a posição de sócio. Um ano depois, o escritório contratou aqueles que dariam origem a próxima geração societária: Altamiro Boscoli, Orlando Di Giacomo, Jouacyr Consentino e Rogério Lessa.
Os anos foram passando e a consolidação da banca extrapolou o conhecimento jurídico. A luta por justiça sempre esteve no DNA do escritório, fosse no tribunal ou na sociedade. O saudoso Orlando Di Giacomo engajava equipe e amigos a participar ativamente de iniciativas ligadas à responsabilidade social. Como legado, deixou o comprometimento da banca com as causas sociais. Mas o escritório foi além. Com ações robustas, criou grupos estratégicos que visam contribuir para a construção de uma sociedade melhor para todos.
“A gente tem o D Impacto, que é a nossa área de responsabilidade social corporativa. Embaixo do D Impacto a gente tem o D Mulheres, o D+ e o De Raízes, como grupos de diversidade e inclusão, e ainda o D Pro Bono e o D Ao redor. O D Pro Bono são todas as nossas iniciativas de trabalho voluntário e pro bono e o D Ao Redor, é o nosso grupo de filantropia”, explica a sócia Luciana Tornovsky, head da área de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e membro do Conselho do Demarest Advogados.
Líder do D Raízes, o advogado Robson de Oliveira reforça que o intuito do grupo não é somente incluir, mas acolher e capacitar os profissionais negros para que eles possam alavancar a sua vida e a sua carreira. “Aqui dentro do Demarest, por meio do D Raízes, nós proporcionamos bolsas para os nossos colaboradores para que eles possam cada vez mais se desenvolver e crescer dentro do escritório.”
Tudo em prol um futuro mais igualitário e tão brilhante e diverso quanto sua atual sede. O prédio em forma de pirâmide invertida, anexado ao colorido azul e rosa que abriga o Instituto Tomie Ohtake, em Pinheiros, São Paulo. A banca, também se faz presente em Brasília, Rio de Janeiro e Nova Iorque. Seja por sua unidade física, sua atuação jurídica ou sua contribuição social.
Confira a entrevista sobre o passsado, o presente e o futuro da banca.