"Paraná é um Estado que tem nível cultural superior ao Norte do país, Nordeste, etc." Assim afirmou o desembargador do TJ/PR Mário Helton Jorge durante sessão da 2ª câmara Criminal da Corte nesta quinta-feira, 13.
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O magistrado citou Lava Jato e Mensalão e falava em “roubalheira generalizada” ao fazer o comparativo. "Aqui no Paraná é uma vergonha."
O caso julgado envolvia a condenação de um prefeito por utilização de serviços públicos em proveito próprio. A defesa pleiteava a suspensão do julgamento da apelação em virtude de recursos pendentes nos tribunais superiores acerca de competência para homologação de ANPP. Ele citou a indignação da juíza sentenciante fala com a usurpação da função pública, e cita a "roubalheira generalizada" no Paraná.
Críticas à advocacia
Logo no início da mesma sessão, o desembargador criticou a advocacia. Disse que “estamos vivendo num mundo de idiotice”, e que “ninguém mais estuda”; “o negócio é captar o cliente” e “a sociedade que se lixe”.
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“A gente estudava livro de ciência, Direito Civil, Processo Civil. Hoje é tudo copia e cola e vai embora, seja o que Deus quiser. E nós aqui temos que enfrentar essas barbaridades todas. Por quê? Ninguém mais estuda. O negócio é captar o cliente e vamos tomar o dinheiro do cliente. (...) Com todas a vênias aos senhores advogados, que estão no Direito de buscar o melhor para o seu cliente, e a sociedade que se lixe.”
No início de sua fala, ele criticava o habeas corpus concedido de ofício. “Tem uma decisão publicada hoje que é de um HC de ofício, que é outra imbeci... (...) Você não conhece o HC e de ofício você dá o HC. É uma contradição.”
Ao final da mesma sessão, o magistrado protagonizou outro desentendimento com advogado, dizendo que o causídico foi "petulante pra caramba".