Mulher é indiciada por golpes fingindo ser juíza amiga de Lula
Golpista usava toga, documentos falsos e dizia receber promotores em jantares.
Da Redação
sexta-feira, 28 de março de 2025
Atualizado às 15:17
Uma mulher foi indiciada por estelionato após fingir ser uma "juíza de Direito" amiga do presidente Lula e aplicar uma série de golpes de alto padrão na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.
Segundo o delegado Felipe Santoro, da 37ª DP, Simone Rocha de Moraes se apresentava como Maria Jurema e afirmava ter vínculos com o presidente da República e autoridades de Brasília para convencer vítimas e sustentar um estilo de vida luxuoso.
De acordo com O Globo, as investigações apontam que os prejuízos ultrapassam R$ 270 mil. De acordo com a Polícia Civil, Simone exibia toga, usava carteira funcional falsificada e alegava que os celulares que possuía haviam sido "doados por autoridades".
Também dizia receber promotores em jantares, o que reforçava sua imagem de prestígio.
Em um dos casos, ela conheceu uma revendedora em um salão de beleza, começou a adquirir produtos e deixou de pagar após ganhar a confiança da comerciante. Em outro, aplicou golpe semelhante contra uma vendedora de artigos de luxo, que relatou prejuízo de cerca de R$ 200 mil.
Segundo O Globo, a farsa foi descoberta quando uma das vítimas decidiu investigar o endereço fornecido por Simone e encontrou o imóvel vazio, com uma placa de "aluga-se". A dona do imóvel revelou ter sido igualmente enganada e disse ter alugado o local para Luiz Eduardo Marins dos Anjos, apontado como cúmplice da golpista.
No local, foram encontrados documentos queimados.
Simone já tem 13 anotações por estelionato, três por falsidade ideológica e uso de identidade falsa, duas por associação criminosa, além de registros por furto, ameaça e abandono de incapaz. Ela e Luiz Eduardo foram indiciados, e a Polícia Civil pediu a prisão de ambos.
"O golpe era bem estruturado e a atuação da dupla foi meticulosa. É importante que todas as pessoas que foram vítimas dessa dupla registrem a ocorrência para que possamos responsabilizá-los por todos os crimes cometidos. Sabemos que há outras vítimas que, por vergonha, ainda não compareceram à delegacia", alertou o delegado Felipe Santoro.