No mês do centenário de morte de Rui Barbosa, o Museu da Justiça, no Rio de Janeiro, vasculhou os documentos relacionados ao jurista e encontrou algumas curiosidades.
A primeira delas é o inventário do jurista, que compreende oito volumes, sendo seis deles dedicados a livros.
A biblioteca do jurista era uma das maiores do seu tempo, com mais de 23 mil títulos. Ele possuía uma vasta coleção de legislações de todos os países, incluindo Constituições, Códigos Civis, Comerciais, Penais e Processuais.
O acervo contava, ainda, com obras antigas, como a Divina Comédia, de Dante, editada em 1481 por Landino, o Rerum per Octennium in Brasilia, de Barlaeus, editado em 1647, La Vie de Notre-Seigneur Jésus Christ, de Tissot, editada em 1896-1897, e a primeira edição da Crônica de D. João I, de Fernão Lopes, editada em 1644.
Outra curiosidade encontrada no acervo do Museu é o registro de Rui Barbosa como bacharel em Ciências Sociais e Jurídicas, ocorrido em 20 de outubro de 1885, na antiga Relação da Corte, uma espécie de segunda instância do Judiciário do Brasil Imperial.
O documento começa citando que o registro de Rui ocorreu "em nome e sob os auspícios do muito alto e [muito] poderoso Príncipe senhor D. Pedro segundo imperador constitucional e defensor perpétuo do Brasil".
Migalhas de Rui Barbosa
No dia do centenário de morte de Rui, 1º de março de 2023, Migalhas lançou os dois volumes de “Migalhas de Rui Barbosa”. As obras reúnem mais de 1.500 aforismos do jurista.
O primeiro livro é apresentado pelo presidente Nacional da OAB, Beto Simonetti; já o segundo inédito, conta com a participação do presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, que assina o prefácio.
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Exposição
O presidente do TJ/RJ, desembargador Ricardo Cardozo, tem incentivado a divulgação destas pesquisas e visitas à mostra "Museu e tribunais do Rio de Janeiro – 270 anos”.
Entre o acervo histórico exposto estão objetos de trabalho, móveis, fotografias, livros de registros e documentos decorrentes da atividade judicial, dos quais destacam-se autos processuais com mais de três séculos.
A mostra se propõe a rememorar os órgãos que compunham a administração da Justiça desde o início da colonização, com destaque para os diferentes tribunais que desempenharam a jurisdição no território que corresponde ao atual Estado do Rio de Janeiro e sua interação com a história social brasileira.