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Juízes participam de pesquisa sobre a transformação digital da Justiça

O estudo visa coletar percepções dos magistrados sobre ferramentas de informação e comunicação empregadas pelos Tribunais, para identificar eventuais vulnerabilidades e encontrar soluções adequadas.

8/2/2022

A AMB em parceria com a UnB, realizará estudo para avaliar a percepção de juízes sobre a transformação digital da Justiça. Nos próximos dias, devido ao levantamento, magistrados de todas as unidades da Federação e de todos os ramos do Poder Judiciário irão responder à pesquisa "O exercício da jurisdição e a utilização de novas tecnologias de informação e de comunicação".  

Pesquisa vai avaliar a percepção de juízes sobre a transformação digital da Justiça.(Imagem: Freepik)

Realizado pela CPJ/AMB - Centro de Pesquisas Judiciais da Associação dos Magistrados Brasileiros em parceria com a UnB - Universidade de Brasília, a pesquisa conta com 40 questões de múltipla escolha, as quais possuem como objetivo mensurar a visão da magistratura acerca da prestação jurisdicional dentro do contexto da transformação digital.

O formulário, que poderá ser respondido em 15 minutos, abordará temas como raça e gênero. O objetivo da pesquisa é coletar percepções dos juízes sobre ferramentas de informação e comunicação empregadas pelos Tribunais, para identificar eventuais vulnerabilidades e encontrar soluções adequadas.

A presidente da AMB, Renata Gil, versou sobre o tema indagando "hoje, há inúmeros instrumentos disponíveis. A dúvida é: eles funcionam? Eles têm contribuído para a eficiência dos serviços que o Poder Judiciário presta à sociedade?".

"É preciso saber quais práticas apresentam os melhores resultados e estudar maneiras de reproduzi-las em todas as unidades jurisdicionais."

As mudanças tecnológicas causadas pela pandemia tiveram grande espaço na pesquisa, principalmente no que diz respeito aos processos eletrônicos e às plataformas digitais que estão sendo utilizadas no ambiente remoto/virtual. Há, ainda, indagações sobre o impacto da pandemia nos processos judiciais e a respeito da atuação dos tribunais nos processos de introdução às tecnologias.

A coordenação pela AMB cabe ao ministro Luis Felipe Salomão, do Centro de Pesquisa. A coordenação científica do estudo, que conta com o amparo também da FAP-DF - Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal, é das professoras da UnB Rebecca Lemos Igreja e Talita Rampin.

“Nós seguimos, na elaboração do questionário, metodologias e indicadores já empregados por outros institutos de pesquisa, como o IBGE. Os dados coletados, mais do que traçar um panorama da situação atual, ajudarão na formulação de políticas públicas e estratégias que aumentem a efetividade do Sistema de Justiça”, explicou Rebecca Igreja.

Outros temas presentes nas perguntas são os desafios enfrentados por (i) mulheres magistradas, (ii) magistrados idosos, (iii) magistrados com algum tipo de deficiência e (iv) magistrados de diferentes cores, etnias e raças. As questões, ainda, contam com campos em branco para a inclusão de alternativas não listadas.

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