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APAE/SP vence o Prêmio Franz de Castro de Direitos Humanos da OAB/SP

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12/12/2006


Homenagem

APAE/SP vence o Prêmio Franz de Castro de Direitos Humanos da OAB/SP

No ano em que portadores da Síndrome de Down conquistaram visibilidade na sociedade brasileira por conta da personagem Clara na novela “Páginas da Vida” da Rede Globo, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo (APAE/SP) será a grande homenageada do 23º Prêmio Franz de Castro Holzwarth da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP. A solenidade, que tem o apoio do Departamento de Cultura e Eventos e da Comissão do Negro e de Assuntos Antidiscriminatórios, acontece na próxima sexta-feira (15/12), às 18 horas, no Salão Nobre da Ordem (Praça da Sé, 385). Serão homenageados, com menções honrosas, a AACD e o Instituto AMMA – Psique e Negritude, que trabalha com relações inter-raciais, ambas de São Paulo.

“Nesta edição, o prêmio presta homenagem a todos que atuam na sociedade civil organizada, seja por meio das entidades filantrópicas, das organizações não-governamentais e os movimentos sociais, que não esperam pelas decisões e soluções do Estado e fazem esse país seguir <_st13a_personname productid="em frente. São" w:st="on">em frente. São organizações, como essas três laureadas, que estão fazendo uma verdadeira revolução, ampliando os conceitos de cidadania e inclusão social”, avalia o presidente da OAB/SP, Luiz Flávio Borges D’urso.

Fundada na décadas dos <_st13a_metricconverter productid="60, a" w:st="on">60, a APAE/SP tem por missão prevenir a deficiência, favorecer o bem-estar e a inclusão social da pessoa deficiente mental, desde o nascimento até a terceira idade. Atende 1,6 mil pessoas por mês e realiza exames laboratoriais em 302 mil bebês por ano nas áreas da Saúde, educação e Trabalho. Na área da Saúde mantém laboratórios voltados a prevenção populacional da deficiência mental causada por fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito, através da realização do teste do pezinho; dispõe de ambulatório para triagem, diagnóstico multidisciplinar, orientação familiar e encaminhamento de casos para atendimentos específicos na entidade ou em outros recursos da comunidade; e proporciona a estimulação global para crianças com deficiência mental na faixa etária de zero a cinco anos, orientação sistemática às mães para a continuidade do atendimento em casa e inclusão na rede de ensino regular. Composto por uma equipe multidisciplinar (Serviço Social, Psicologia, Neurologia, Fonoaudiologia, Pediatria, Genética, Psiquiatria e Oftalmologia) o setor atendeu no último ano 16.631 pessoas com deficiência mental.

Na área de Educação, a APAE/SP, baseada nos propósitos das Diretrizes da Educação Brasileira, atende crianças e adolescentes de níveis leve, moderado e severo, com idade entre cinco e 25 anos, através dos programas Pré-Escolar, Escolar, Pré-Profissionalizante e Profissionalizante, visando a formação e capacitação integral do educando ou aprendiz, sua independência pessoal, aquisição de repertório acadêmico, preparação para o trabalho e inclusão social. Já no campo da atividade física desenvolve a área motora unificada, em todos os setores e unidades da entidade, bem como, organiza e participa de eventos esportivos e sócio-culturais voltados para a pessoa deficiente mental.

Uma dos grandes trabalhos da APAE/SP volta-se para o mercado de trabalho com o desenvolvimento de programas de capacitação profissional, com o objetivo de profissionalizar o deficiente mental para uma situação de trabalho protegido e/ou competitivo. Outro programa é o ocupacional para pessoas a caminho da terceira idade, em proposta específica voltada à qualidade de vida, ocupação e valorização pessoal.

Além disso, mantém um instituto de pesquisa, o IAPEDM (Instituto APAE de Pesquisa, Estudos e Preparação de Pessoal na Área da Deficiência Mental), que promove e realiza atividades essenciais para uma melhor compreensão das questões da deficiência mental, através da preparação de pessoal em nível de graduação e pós-graduação; realização de cursos, seminários, congressos e debates; treinamento para atuação nos programas de reabilitação baseada na comunidade; realização de estudos e pesquisas na área da Deficiência Mental; obtenção, processamento e disseminação de informações referentes à deficiência mental, inclusive através de publicações e biblioteca especializada e ações comunitárias.

Embora a Síndrome de Down esteja em evidência, a APAE/SP também atende pessoas, e suas famílias, que tenham outros distúrbios como autismo, hiperatividade, psicoses, deficiência mental (leve, moderada, profunda, severa), múltlipas deficiências, paralisia cerebral, além das Síndromes de Agenesia de Corpo Caloso, de Asperger, de Atraso Neuro-Psicomotor, de Hidranencefalia, de Noonan, de Prader-Willi, de Rett, de Rubinstein-Taybi, de Russel-Silver, de Turner, de West, do Cri du Chat e do X-Frágil.

Prêmio Franz de Castro

O Prêmio Franz de Castro homenageia pessoas e, partir deste ano também entidades, que lutam em defesa da cidadania, democracia e justiça social. O advogado Franz de Castro nasceu em Barra do Piraí (RJ), mas consolidou carreira no Vale do Paraíba paulista, onde desenvolvia um respeitado trabalho de evangelização com presidiários locais. Esse trabalho, por ironia, custou-lhe a vida. Em fevereiro de 1981, aos 39 anos, chamado para servir de mediador de uma rebelião na delegacia policiais de Jacareí, Franz de Castro tornou-se refém dos amotinados que buscavam a liberdade. Durante a fuga, no carro metralhado, morrem todos, detentos e advogado. Por isso, para lembrar seu sacrifício, a OABSP criou - em 1982 - o Prêmio Franz de Castro, que além de homenagear, tem a proposta de incentivar esses seres humanos aguerridos que colocam suas vidas nas árduas batalhas pela justiça social.

Já receberam o prêmio Franz de Castro de Direitos Humanos da OAB SP:

1982 - José Gaspar Gonzaga Franceschini

1983 - Jose Carlos Dias

1984 - Heleno Fragoso

1985 - Padre Agostinho Duarte de Oliveira

1986 - Paulo César Fonteles de Lima

1987 - Ulysses Guimarães

1988 - Vanderlei Aparecido Borges

1989 - Fabio Konder Comparato

1990 - Maria Elilda dos Santos

1991 - Caco Barcelos

1992 - Herbert de Souza - Betinho

1995- Vicente Paulo da Silva

1996 - Dom Paulo Evaristo Arns

1997 - Rabino Henry Sobel

1998 - Hélio Bicudo

1999 - André Franco Montoro

2000 - Padre Júlio Lancellotti

2001 - Dalmo Dallari; Plínio de Arruda Sampaio; Ranulfo de Melo Freire

2002 - Kenarik Boujikian Felippe

2003 - Fermino Fecchio Filho

2004 - Goffredo da Silva Telles Junior

2005 – Senador Abdias Nascimento

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