Por autorização de Marcelo Bretas, a força tarefa da Lava Jato prendeu, nesta quinta-feira, 6, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos de SP, Alexandre Baldy. Segundo informes desencontrados, ele seria suspeito de desvios na Saúde do Rio de Janeiro e São Paulo. O pesquisador da Fiocruz, Guilherme Franco Netto, também foi preso juntamente com outras duas pessoas.
De acordo com investigações, o secretário do governador João Doria responde por atos ilícitos e suspeitos antes de assumir a pasta. A PF explicou que identificou "conluio entre empresários e agentes públicos, que tinham por finalidade contratações dirigidas".
Baldy, que é conhecido e querido por uma infinidade de pessoas, foi preso em sua casa em SP e levado para a sede da PF na capital paulista. Empresário de sucesso, milionário, Baldy é daqueles que faz política pela vocação de servir. E na sua vida pública, até este fato, que precisa ainda ser devidamente explicado pelas autoridades, não há uma mácula. Ao contrário, o que se conhece de Baldy é um homem de caráter, profissional sério e preocupado com as coisas públicas, dedicado à família e ao trabalho.
Busca e apreensão
Ao todo, o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do RJ, expediu seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Petrópolis/RJ, São José do Rio Preto/SP, Goiânia e Brasília. A operação é um desdobramento das investigações realizadas no âmbito das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS.
O que se pode presumir, pelo que se noticiou até agora, é que se trata de mais um caso daqueles que surgem a partir de delações decorrentes de investigações inicialmente sem vínculo com o processo original. Algum investigado em desvios no Rio de Janeiro, pra livrar-se da responsabilidade, dirige acusações (fundadas ou não) contra autoridades de maior destaque e projeção. Baldy, como se sabe, é um dos políticos mais talentosos da nova geração.