A mudança no CPC, em 2015, foi um passo importante no Judiciário brasileiro. Conciliação e mediação passaram a ser obrigatórias antes de ingressar na Justiça com o intuito de reduzir o número de processos.
A diretora da Câmara de Conciliação e Mediação Vamos Conciliar, Perla Rocha, afirma que o Judiciário cumpriu a sua parte e apresentou à sociedade uma ferramenta moderna, simples e econômica.
"Percebo um grande esforço dos magistrados para instaurar a cultura de pacificação, mas a sociedade ainda tem uma postura beligerante e acredita que apenas na Justiça conseguirão resolver uma controvérsia."
Perla Rocha destacou a utilização dos métodos autocompositivos, que podem ser utilizados em casos como conflitos entre vizinhos, questões trabalhistas, definição de pensão alimentícia e outros que envolvam o direito do consumidor. Para a diretora, a tecnologia é uma grande aliada dos métodos consensuais, pois o cidadão pode realizar um acordo extrajudicial sem sair de casa, utilizando um computador ou celular com internet.
"O procedimento possui inúmeros benefícios, é rápido, econômico, sem burocracia e possui uma tecnologia incrível. Temos estrutura e grandes entusiastas na área de mediação, acredito que falta conscientização da população. Temos ferramentas incríveis que infelizmente não estão sendo utilizadas pela sociedade e o resultado disso é o sistema judiciário congestionado. É preciso colocar fim à cultura do litígio."
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