Esta já é a quarta denúncia apresentada contra Cabral, que já é réu na Lava Jato em Curitiba e em outras duas ações penais no Rio acusado de corrupção, lavagem e formação de quadrilha.
Também foram denunciados Carlos Miranda (147 crimes), Carlos Bezerra (97 crimes), Sérgio Castro de Oliveira (6 crimes), Ary Ferreira da Costa Filho (2 crimes), Adriana Ancelmo (7 crimes), Thiago de Aragão Gonc¸alves (7 crimes), Francisco de Assis Neto (29 crimes), Álvaro José Galliez Novis (32 crimes), Marcelo Hasson Chebar, operador financeiro e agora delator da investigação e Renato Hasson Chebar, operador e delator da investigação.
“Os conjuntos de atos de lavagem de dinheiro narrados tinham por objetivo converter os recursos de propina em ativos de aparência lícita e/ou distanciar ainda mais de sua origem ilícita o dinheiro derivado de crimes de corrupção praticados pela organização criminosa.”
De acordo com o MPF, as investigações comprovaram que Sérgio Cabral, no comando da organização criminosa, e os demais denunciados, promoveram a lavagem de ativos, no Brasil, por sete principais formas:
- Com o pagamento, no Rio de Janeiro, de despesas pessoais de Sérgio Cabral e seus familiares;
- Com o pagamento, no Rio de Janeiro, de despesas pessoais de Carlos Miranda e seus familiares
- Com a movimentação de recursos ilícitos, no Rio de Janeiro, para Carlos Bezerra
- Com a distribuição de recursos ilícitos, no Rio de Janeiro, por Sérgio de Castro Oliveira
- Com o envio de valores ilícitos, no Rio de Janeiro, para Thiago Aragão
- Com o envio de valores ilícitos, no Rio de Janeiro, para Francisco de Assis Neto
- Com a entrega de valores ilícitos, no Rio de Janeiro, por Álvaro Novis aos irmãos Chebar
Os promotores afirmam que a denúncia versa sobre crimes de quadrilha/pertinência a organização criminosa e de lavagem de dinheiro cometidos no Brasil. Contudo, “diante da grandiosidade do esquema criminoso”, afirmam que ela não esgota todos os crimes de lavagem de dinheiro cometidos no Brasil, nem tampouco todos os fatos praticados pelo grupo, “não representando arquivamento implícito quanto a pessoas não denunciadas, especialmente em razão de ainda estar em curso a identificação de todas as pessoas que movimentaram ou foram destinatárias dos recursos ilícitos constante na planilha de controle de caixa entregue pelos colaboradores”.
Veja a íntegra da denúncia.