Lula enfrenta sua primeira greve de servidores
Cerca de 400 mil servidores devem paralisar suas atividades. Segundo a organização do movimento, a greve deve ter uma adesão de 40% a 45% da categoria.
A greve dos servidores públicos federais deverá atingir os três poderes. Além dos professores e servidores das universidades federais, várias outras categorias vão parar para protestar contra mudanças propostas pelo governo no sistema previdenciário.
A possibilidade de uma greve de juízes e promotores não foi descartada por associações da categoria, caso não haja um acordo sobre os pontos polêmicos da reforma, como a taxação dos inativos.
"Apoiamos a greve dos servidores públicos porque a revindicação é justa. Achamos que a mudança na previdência vai enfraquecer o Estado brasileiro, no sentido que os melhores profissionais não vai escolher a carreira pública, na medida em que as carreiras não vão ter segurança em sua atividade", diz Paulo Schmidt, juiz trabalhista no Rio Grande do Sul e vice-presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho).
Medidas preventivas
No caso de o movimento de paralisação dar certo, a Previdência Social, o setor mais sensível da administração federal, ganhou o reforço de 3.800 novos servidores (equivalente a 10% do quadro atual), que fizeram concurso em março e começaram a ser contratados de um mês e meio para cá. Os concursados seriam empossados de qualquer maneira, mas o governo pode acelerar o processo e até buscar 1.900 funcionários a mais, se precisar.
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