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Entre manifestantes paulistanos, JB é candidato favorito à presidência

Ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, foi mencionado por 30% dos entrevistados de pesquisa do Datafolha.

22/6/2013

Apesar de não figurar na lista de pré-candidatos ao Palácio do Planalto, o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, aparece como o preferido dos manifestantes paulistanos para suceder Dilma Rousseff, mostra pesquisa do Datafolha realizada nesta quinta-feira, 20.

De acordo com o instituto, JB foi mencionado por 30% dos entrevistados, contra 22% da ex-senadora Marina Silva, que tenta montar a Rede Sustentabilidade para concorrer ao Planalto em 2014. Dilma aparece em terceiro na lista, com 10% das menções.

O levantamento foi realizado durante os protestos de quinta-feira na Av. Paulista, região central da cidade.

O senador Aécio Neves, com 5%, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, com 1%, vêm logo a seguir.

A margem de erro da pesquisa, que entrevistou 551 manifestantes, é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. No limite, JB e Marina poderiam ter 26% das preferências, mas, segundo o Datafolha, a probabilidade de que esse cenário seja real é muito pequena.

Descompasso

A última pesquisa nacional do Datafolha para a corrida de 2014 – finalizada no dia 7, antes da onda de manifestações que tomou conta do país – mostrava Dilma na liderança, com 51% das intenções de voto no cenário mais provável, sete pontos percentuais a menos do verificado no levantamento anterior, de março.

Marina (16%) e Aécio (14%) estavam empatados em segundo lugar.

No cenário em que o nome do presidente do Supremo aparece, ele tinha 8% (levada em conta só a população da cidade de São Paulo, o ministro atingiria 11%).

Barbosa teve ampliada a sua exposição nacional desde o ano passado devido ao julgamento do mensalão, processo que ele relatou e que resultou na condenação de 25 réus, entre eles a antiga cúpula do PT.

Seu nome ganhou força nas redes sociais como possível candidato à sucessão de Dilma. Para isso, ele teria que deixar o STF e se filiar a um partido político até o início de outubro deste ano – um ano antes das eleições.

Até agora, JB não tem manifestado intenção de se candidatar à presidência. Em dezembro, após o Datafolha mostrá-lo com até 10% das intenções de voto para a presidência, ele reiterou ser um "ser absolutamente alheio a partidos políticos", mas se disse lisonjeado com os números.

"A pesquisa me deixou evidentemente lisonjeado. Qual brasileiro não ficaria satisfeito em condições idênticas à minha. Ou seja, pessoa que nunca fez política, nunca militou em partido político, nem mesmo em associações, sempre dedicou a sua vida ao serviço do Estado brasileiro, da sociedade brasileira, espontaneamente se ver contemplado com números tão alvissareiros. Evidente que isso me deixou bastante lisonjeado e agradecido também àqueles que ousaram citar meu nome", afirmou à época.

Rejeição

Além da preferência por JB, que não pertence a um partido político, os números também mostram rejeição dos manifestantes aos nomes colocados até o momento para a disputa. Ao todo, 27% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos candidatos.

Esse percentual é mais de três vezes superior ao observado na pesquisa nacional do Datafolha do início do mês. Na época, 6% dos eleitores disseram que votariam em branco, nulo ou não manifestaram preferência por nenhum candidato (11% se considerados apenas os eleitores paulistanos).

As informações são da Folha de S.Paulo.

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