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Proposta permite ao Judiciário aplicar depósitos processuais e usar rendimentos
Segundo a proposta, os rendimentos desses depósitos deverão ser usados para:
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criar fundos para modernização e reaparelhamento funcional desses órgãos, incluídas a construção e reforma de imóveis e compra de equipamentos;
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adiantar pagamento de honorários nos casos de ações coletivas, quando o governo for o réu;
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investir em treinamento e especialização de integrantes e servidores desses órgãos;
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pagar honorários periciais da Fazenda Pública Federal e da DPU, quando ela não tiver profissional especializado para o exame.
O projeto divide os valores líquidos dos depósitos entre os órgãos judiciais beneficiados, de acordo com os percentuais abaixo:
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JF: 12,5%;
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JT: 12,5%;
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MPF: 12,5%;
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MPT: 12,5%;
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DPU: 25%;
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AGU e seus órgãos vinculados: 25%
Mercado financeiro
Wilson Filho afirma que a medida ajudará a reduzir a escassez de recursos da Justiça. "A inexistência de aplicação desses recursos acaba nas mãos do mercado financeiro, pois as partes envolvidas nos processos recebem somente a correção da poupança", ressalta.
Segundo o deputado, o projeto permitirá a diminuição do orçamento do Judiciário e a destinação desses recursos para saúde, educação e segurança pública.
O parlamentar citou que alguns estados já aprovaram medidas semelhantes, que depois foram revogadas pelo STF por falhas no processo legislativo. Somente no RS, de 2003 a 2006, o mecanismo gerou R$ 626 milhões para o Judiciário local.
Tramitação
A proposta será analisada conclusivamente pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.