Invasão ilegal de escritórios
IASP lança campanha contra invasão de escritórios
O IASP - Instituto dos Advogados de São Paulo lançou ontem uma campanha contra as invasões de escritórios de advocacia que vêm sendo presenciadas pela sociedade brasileira. O IASP alerta para o caráter ilegal das ações promovidas pela PF, que têm colocado em risco os papéis e a vida do cidadão.
A campanha veiculou ontem, durante intervalos do programa Roda Viva, da TV Cultura, inserções criticando as operações da PF baseadas em mandados de busca e apreensão vagos, expedidos em desacordo com o que prevê a Constituição Brasileira.
Na próxima quarta-feira, dia 6/7, serão espalhados 110 outdoors pela cidade de São Paulo, como parte da campanha pela legalidade. O site do IASP (clique aqui) já traz a imagem que será utilizada nos outdoors: mãos amarradas com a bandeira brasileira escurecida ao fundo.
O IASP divulga também uma nota, intitulada “Adeus à democracia”, sobre a campanha. Leia abaixo a íntegra:
Adeus à democracia
A invasão dos escritórios de advocacia foi feita de forma ilegal.
Os papéis e a vida do cidadão estão sendo investigados.
Os advogados NÃO estão acima da lei, nem abaixo.
No âmbito do combate ao crime e à corrupção, escritórios de advocacia foram invadidos ilegalmente pela Polícia Federal. Os mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, eram vagos e genéricos, quando deveriam ser precisos e objetivos.
Quase tudo que estava dentro dos escritórios de advocacia invadidos foi levado e apreendido. O Instituto dos Advogados de São Paulo - IASP teme que isso continue acontecendo, de forma aleatória, abusiva e ilegal.
Você, cidadão brasileiro, está sendo indiretamente investigado sem mandado especifico, de maneira genérica e abusiva. Seus papéis e sua privacidade, confiados ao sigilo profissional do advogado, estão sendo devassados, fora dos limites da lei.
Os advogados que tenham cometido crimes devem ser investigados como qualquer outro cidadão, mediante o integral cumprimento da lei. Os fins não justificam os meios. Temos uma Constituição e lhe juramos fidelidade.
É necessário obedecer aos preceitos legais, sob pena de estarmos violando o Estado Democrático de Direito.
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