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Operação Metalose já prendeu cinco pessoas

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5/10/2007


PF

Operação Metalose já prendeu cinco pessoas

A Anvisa mantém o auxílio à Polícia Federal na continuidade das investigações relativas à Operação Metalose, iniciada nesta quarta-feira, 3/10. Nos dois primeiros dias da operação, cinco pessoas foram presas sob acusação de envolvimento na fabricação, distribuição ou importação de próteses ortopédicas adulteradas.

Os agentes da polícia federal cumpriram mandados de busca e apreensão em 12 cidades dos estados de São Paulo, Paraná, Pernambuco e Maranhão. A operação, iniciada nesta quarta-feira, conta com a participação de 80 servidores da Agência para a identificação de produtos irregulares.

A Operação Metalose é resultado do trabalho de monitoramento da Anvisa sobre problemas ocorridos com próteses que apresentaram graves desvios de qualidade, como o uso de metal inadequado para a fabricação desses materiais. Para o adjunto de diretor-presidente da Anvisa, Norberto Rech, a descoberta das primeiras irregularidades detectadas pela Agência foi fundamental à ação. "Temos um trabalho importante de inspeção nas fábricas que produzem esses produtos, aliado ao trabalho da área de Tecnovigilância, que acompanha os problemas que surgem após a implantação da prótese", explicou Rech. De acordo com o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, a Operação Metalose tem uma dimensão significativa para o país. "Desarticulamos uma quadrilha que atuava em uma área muito sensível, que é a segurança das pessoas que necessitam desses produtos de saúde", afirmou.

O termo "metalose" se refere ao processo de desgaste da prótese dentro do organismo humano e à necrose de tecidos do local onde a prótese foi implantada. Isto ocorre pela reação do organismo ao uso de materiais inadequados para implantes. O processo de metalose pode levar à necessidade de amputação do membro afetado.

A Polícia Federal está reunindo as informações sobre os resultados da Operação Metalose, assim como uma possível lista de produtos apreendidos durante a operação. A Superintendência da PF em São Paulo/SP, que centraliza os dados da operação, pode ser contada pelo e-mail cs.srsp@dpf.gov.br ou pelos telefones (11) 3538-5012 / 5013.

Sanções

De acordo com o artigo 273/1B do Código Penal (clique aqui) e a Lei n°. 9.677/98 (clique aqui), a adulteração, a falsificação e a produção sem registro de produtos sujeito à vigilância sanitária, bem como a importação, venda e armazenagem, são considerados crimes hediondos contra a saúde pública. A lei prevê pena de 10 a 15 anos de prisão.

As empresas irregulares ainda poderão ser penalizadas com multa que varia entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão, definida conforme a avaliação da gravidade do fato e possíveis antecedentes ou irregularidades sanitárias.

Denúncias

Denúncias sobre problemas de qualidade e produtos sem registro sanitário podem ser feitas à Anvisa pelo endereço eletrônico ouvidoria@anvisa.gov.br e o Disque Saúde – 0800-61-1997 – um serviço telefônico gratuito oferecido pelo Ministério da Saúde.

Orientações

O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, formado pela Anvisa e vigilâncias sanitárias estaduais e municipais, acompanhará possíveis ações de recolhimento de próteses adulteradas que estejam sendo comercializadas irregularmente. O recolhimento, porém, é uma responsabilidade das empresas fabricantes e distribuidoras dos produtos.

Por precaução, os pacientes devem procurar o médico que realizou a cirurgia. Ele é o profissional habilitado a avaliar o sucesso da operação e o período pós-operatório. O paciente também pode procurar o hospital onde a cirurgia foi realizada para obter mais informações sobre a prótese implantada.

Operações policiais com a participação direta da Anvisa (2006 e 2007)

Planaltina/DF

Cachoeiro do Itapemirim/ES

Ubatuba/SP

Bauru/SP

Hipócrates

Sibutramina

Placebo (primeira fase)

Aeroporto de Brasília

Placebo (segunda fase)

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