DEIC
Em Ribeirão Preto/SP, polícia detém quadrilha de falsos juízes
A Delegacia de Repressão a Estelionato do Deic deu desfecho ontem a um golpe que vinha sendo aplicado há pelo menos dois anos. Uma quadrilha formada por falsos juízes, promotores, advogados e funcionários de fóruns foi descoberta e parte dela está presa. Os acusados de estelionato usavam informações de cadastros de fundos de pensão liquidados pelo Banco Central para aplicar golpes e retirar dinheiro das vítimas.
<_st13a_personname productid="Em Ribeirão Preto" w:st="on">Ao receberem correspondência falsa, em papéis com timbre da Justiça de SP, ligavam imediatamente para os golpistas, que passavam informações de como o dinheiro poderia ser resgatado. A quadrilha pedia 10% do valor de cada ação e dizia que o dinheiro seria para cobrir custos do processo. Algumas vítimas chegaram a perder R$ 40 mil com o golpe.
Vizinhos já desconfiavam dos acusados
Moradores da rua Carmen Saraiva de Souza Pereira, no conjunto Alexandre Balbo, <_st13a_personname productid="Em Ribeirão Preto" w:st="on">em Ribeirão Preto, a meio quarteirão do Parque Tom Jobim, estão assustados com a prisão do casal vizinho, Gleidicimara Almeida dos Santos e Marco Aurélio Orlandini, considerados por todos "pacatos", mas de hábitos bastante suspeitos, como falar pouco com os vizinhos e não se importar com as reclamações de barulho.
No início da noite de ontem, na casa do casal, a reportagem encontrou apenas o sogro de Orlandini que não quis falar sobre o assunto. "Não sei de nada. É uma coisa muito chata. Estou aqui apenas porque ele é casado com minha enteada", disse, fechando o portão. De fora, pode-se perceber todas as janelas da casa cobertas com uma lona preta e uma câmera de segurança escondida no alto, na frente do portão.
Na casa de dois andares, o casal recebia amigos constantemente. Moradores da região afirmam que o luxo começou a aparecer para a família há dois anos. De lá pra cá, contam, diariamente motos caras e carros luxuosos eram vistos estacionados na frente da casa. "Sempre chegava muita coisa cara aí. Eu mesmo vi muita caixa de uísque importado sendo levada para dentro", relata um dos amigos do casal.
Um outro amigo revelou que Orlandini era uma pessoa calma e companheiro de todos. "Ele adorava criar passarinhos e passava o dia aqui na rua jogando bola e soltando pipa com a meninada", disse. Para o vizinho, todos na região desconfiavam que alguma coisa havia de errado, "mas achávamos que era droga".
Orlandini era pintor, especialista em grafiado e tinha uma vida bastante simples. "Todos ficaram surpresos com a rapidez do progresso dele. Em menos de dois anos construiu a casa. Só podia ser com coisa errada", comentou outro vizinho.
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Fonte: Jornal A Cidade
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