Migalhas Quentes

Senado aprova projeto que torna hediondo homicídio de agentes da Justiça

PL 4.015/23 classifica como crime hediondo e homicídio qualificado o assassinato de juízes, promotores, procuradores, defensores e advogados públicos, oficiais de Justiça e policiais legislativos e judiciais.

10/5/2024

O plenário do Senado aprovou o PL 4.015/23, que visa classificar como crime hediondo e homicídio qualificado o assassinato de juízes, promotores, procuradores, defensores e advogados públicos, oficiais de Justiça e policiais legislativos e judiciais. O projeto retorna agora para a Câmara dos Deputados.

Além dos magistrados e membros do Ministério Público, a matéria também abrange o assassinato de cônjuges, companheiros e parentes consanguíneos e por afinidade até o terceiro grau dessas autoridades.

A pena por lesão corporal contra essas autoridades ou seus parentes também é aumentada em até dois terços, variando de três meses de detenção a doze anos de reclusão, de acordo com a gravidade do crime.

O relator do projeto, senador Weverton, acatou emendas que incluíram outras categorias no rol de autoridades cujo assassinato será considerado homicídio qualificado e crime hediondo, como defensores públicos, advogados públicos, procuradores dos estados e do Distrito Federal, policiais legislativos e judiciais.

PL torna hediondo os crimes de homicídio e lesão corporal praticados contra magistrados.(Imagem: Waldemir Barreto/Agência Senado)

A legislação em vigor já considera como crime hediondo o homicídio praticado contra militares das Forças Armadas, membros da Força Nacional de Segurança e integrantes das forças de segurança do Estado. O homicídio qualificado, cometido em determinadas circunstâncias ou contra determinados tipos de vítimas, acarreta penas mais severas que o homicídio simples.

Crimes hediondos são aqueles que envolvem grande violência, crueldade ou geram repulsa na sociedade. Pessoas condenadas por esses delitos não têm direito a indulto, graça ou anistia e começam a cumprir a pena em regime fechado. O homicídio qualificado é enquadrado como crime hediondo de acordo com o projeto aprovado.

O aumento da pena e a classificação como homicídio qualificado ou crime hediondo dependem do crime ter sido praticado contra a vítima no exercício de suas funções, por causa delas ou por ser parente de autoridade.

Atrapalhar investigações

Uma emenda apresentada por Sergio Moro equipara o ato de atrapalhar investigações contra organizações criminosas ao crime de integrar tais organizações, prevendo pena de três a oito anos de reclusão.

Já os atos de conspirar ou encomendar violência ou ameaça contra agentes públicos, testemunhas, jurados, advogados ou peritos, ou seus parentes próximos, para obstruir processos ou investigações relacionadas a organizações criminosas, podem ser punidos com quatro a doze anos de reclusão.

O cumprimento da pena deve iniciar em estabelecimento penal federal de segurança máxima.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

PL que criminaliza bullying e cyberbullying é aprovado no Senado

13/12/2023
Migalhas Quentes

PL classifica infrações contra a seguridade social como crime hediondo

13/3/2023
Migalhas Quentes

Senado pode aumentar penas de crimes sexuais contra menores de idade

20/11/2022
Migalhas Quentes

Quando um crime pode ser classificado como hediondo?

22/4/2021

Notícias Mais Lidas

Sancionada lei que altera Código Civil e padroniza atualização monetária e juros

1/7/2024

Magistrado que negou prioridade a gestante já foi censurado pelo CNJ

1/7/2024

Advogado explica nova lei que padroniza índice de juros e correção

1/7/2024

Após avaliar esforço do advogado, TJ/GO fixa honorários de R$ 50 mil em causa milionária

2/7/2024

Juíza aumenta pensão de pai no exterior: “paternar à distância é fácil”

1/7/2024

Artigos Mais Lidos

Imposto sobre ITBI e transferência patrimonial para holdings

1/7/2024

TDAH pode se aposentar pelo INSS?

30/6/2024

Porte de drogas para consumo pessoal e o STF. Um problema antigo e com solução antiga

1/7/2024

A validade do acordo judicial que estabelece o pagamento de honorários advocatícios de sucumbência quando há suspensão de exigibilidade em razão da concessão do benefício da justiça gratuita

30/6/2024

Condomínios e porte de drogas para uso pessoal: O que muda com a mais recente decisão do STF

2/7/2024