Com a retomada das fusões e aquisições em ritmo mais acelerado no início deste ano na comparação com 2023, a demanda por seguros R&W (Representations & Warranties) no país também tende a ficar mais aquecida e as empresas do setor já adaptam seus produtos ao atual cenário do mercado brasileiro.
O seguro de R&W garante proteção financeira às partes envolvidas em operações de fusão e aquisição pelas perdas financeiras ocorridas pela quebra das declarações e garantias prestadas pelo vendedor no contrato de compra e venda da empresa.
O objetivo é minimizar os riscos para as partes envolvidas e facilitar a negociação de compra e venda.
O tema será debatido nesta quarta-feira, dia 17/4, em um evento que vai reunir os sócios das áreas de Seguros & Resseguros e de Fusões e Aquisições do Demarest Advogados e especialistas e executivos de grandes empresas do setor.
A programação começa às 9h30 com a abertura de Marcia Cicarelli, sócia da área de Seguros, Resseguros, Previdência Privada e Saúde Suplementar.
"O seguro para fusões e aquisições atrai mais a atenção das empresas de diversos segmentos no Brasil. A demanda por esse tipo de apólice, que chegou ao Brasil em 2014 trazido por seguradoras norte-americanas, tem avançado gradualmente, mas há um grande potencial para crescer mais", diz Marcia Cicarelli.
Na sequência, Felipe Miglioli, sócio da Prática de Capital Privado da Oliver Wyman, consultoria global de gestão empresarial, vai falar sobre o mercado de M&As e os maiores desafios de uma transação.
Andre Alarcon, sócio das áreas de M&A e Seguros e Resseguros do Demarest, vai explicar em seu painel as principais tendências no desenvolvimento do mercado de R&W, que chegou ao Brasil há dez anos e também os desafios regulatórios enfrentados pelas empresas e que impactam no desenvolvimento de produtos desse segmento.
"Apesar dos avanços com a maior flexibilização das políticas de coberturas, eliminação de parte das exclusões que antes tornavam o produto menos interessante e redução do prêmio do seguro para torná-lo mais atrativo, o seguro R&W ainda precisa ser fortalecido para ser um produto mais viável e vantajoso no mercado brasileiro, como ocorre nos Estados Unidos e na Europa", diz o sócio do Demarest. "As seguradoras têm desafios a enfrentar, mas existe uma grande oportunidade para fortalecer esse tipo de seguro como uma ferramenta essencial nas negociações de M&A", completa Alarcon.
Na sequência Fernando Villasenor, head da região sudeste da Liberty Global Transaction Solutions da Liberty Mutual Insurance, e Rodrigo Motroni, vice-presidente e sócio da Newe Seguros, vão debater os benefícios e as vantagens do R&W para vendedores e compradores.
As tendências e as inovações nesse tipo de seguro serão tema do painel que terá Bruna Reis, diretora de Private Equity e M&A, e Renne Carvalho, superintende de R&W da Marsh McLennan, líder global em corretagem de seguros e soluções inovadoras de gerenciamento de riscos. O objetivo é explicar as coberturas e as exclusões mais comuns, as novas modalidades de cobertura e adaptação às necessidades do mercado, além da apresentação de casos de sucesso.