Migalhas Quentes

STF rediscutirá se Anvisa é competente para vetar cigarro com aditivos

Assunto teve repercussão geral reconhecida no Tema 1.252.

5/7/2023

STF decidirá se Anvisa pode editar normas para restringir a importação e a comercialização de cigarros com aditivos. O assunto é objeto do ARE 1.348.238, que teve repercussão geral reconhecida (Tema 1.252).

No caso concreto, a Cia Sulamericana de Tabacos questiona decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª região que entendeu que a Anvisa agiu dentro de suas atribuições ao editar a RDC 14/12, que proíbe a importação e a comercialização de produtos derivados do tabaco que contenham substâncias ou compostos definidos como aditivos.

Atualmente vige decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª região que considerou válida a edição de Resolução pela ANVISA proibindo a importação e comércio de cigarros aditivados.(Imagem: Freepik)

No STF, a empresa argumenta que a Anvisa teria ultrapassado os limites de seu poder regulatório. Sustenta ainda que não há nenhuma evidência de que a proibição possa reduzir, ainda que minimamente, o consumo do tabaco ou minimizar os danos causados à saúde dos usuários.

A companhia observa que o Supremo discutiu o tema no julgamento da ADIn 4.874, mas não houve quórum para invalidar a norma. Diante disso, defende que o tema seja rediscutido pelo plenário, a fim de pacificar o assunto.

Em sua manifestação pelo reconhecimento da repercussão geral, o relator, ministro Dias Toffoli, lembrou que, embora não tenha havido quórum para invalidar a norma, a matéria tem relevância, por estar diretamente vinculada à saúde pública e afetar um importante ramo da economia, o que recomenda a consolidação do entendimento do STF sob a sistemática da repercussão geral.

ADIn 4.874

Em 1/2/2018 o STF já havia analisado o tema ao julgar a ADIn 4.874. À época, em ação proposta pela Confederação Nacional da Indústria, discutiu-se a competência da Anvisa para editar regulamento proibindo aditivos em cigarros e, consequentemente, a (in)validade da resolução 14/12.

Na oportunidade do julgamento houve empate na votação, com o placar de 5 a 5, já que Luís Roberto Barroso estava impedido no processo e não votou. Em razão do empate, não houve quórum para declarar a constitucionalidade ou inconstitucionalidade da norma. Dessa forma, a ação foi considerada improcedente e o regulamento da Anvisa validado. 

Informações: STF.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

STJ julga princípio da insignificância em contrabando de cigarros

12/4/2023
Migalhas Quentes

STJ: Fabricante de cigarros não pagará IPI por produtos não exportados

2/8/2022
Migalhas Quentes

Anvisa mantém proibição da venda de cigarros eletrônicos no Brasil

7/7/2022
Migalhas Quentes

TJ/SP proíbe venda de cigarros associada a outros produtos

8/6/2018
Migalhas Quentes

STF empata e norma da Anvisa que proíbe aditivos em cigarros é válida

1/2/2018

Notícias Mais Lidas

TJ/MG revoga liminar e veta transfusão em paciente testemunha de Jeová

15/7/2024

Herdeiros que ocupam imóvel exclusivamente devem pagar aluguel

16/7/2024

OAB/SP divulga nova tabela de honorários com 45 novas atividades

15/7/2024

TJ/BA anula sentença após juiz dizer que "lugar de demônio é na cadeia"

15/7/2024

Funcionária chamada de “marmita do chefe" por colegas será indenizada

16/7/2024

Artigos Mais Lidos

Inteligência artificial e Processo Penal

15/7/2024

Partilha de imóvel financiado no divórcio

15/7/2024

Advogado, pensando em vender créditos judiciais? Confira essas dicas para fazer da maneira correta!

16/7/2024

Você sabe o que significam as estrelas nos vistos dos EUA?

16/7/2024

O setor de serviços na reforma tributária

15/7/2024