Nesta quinta-feira, 29, o MPT pediu à Justiça a condenação do ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães pelos danos causados às mulheres que o acusam de assédio moral e sexual. A indenização pleiteada é de R$ 30,5 milhões. O pedido do parquet é para que o dinheiro seja revertido a um fundo destinado à proteção dos direitos dos trabalhadores.
O Ministério Público do Trabalho solicita, ainda, a condenação da própria Caixa e do Conselho de Administração do banco por omissão. A ação é assinada pelo procurador do trabalho Paulo Neto.
Pedro Guimarães deixou a presidência da Caixa em junho, após um grupo de funcionárias o denunciar por assédio moral e sexual. Os relatos apontam, entre outras ações, toques indesejados e convites inapropriados.
Em nota enviada ao G1, a defesa de Pedro criticou a ação do MPT:
"O Ministério Público, de maneira açodada e às vésperas da eleição, ajuíza uma ação manifestamente improcedente e eleitoreira. Pedro Guimarães, que juntamente com a sua equipe ganhou todos os prêmios durante a sua gestão na Caixa Econômica Federal, nega categoricamente a prática de qualquer ato irregular."
Guimarães foi substituído no cargo pela economista Daniella Marques, que era secretária especial de Produtividade e Competitividade do ministério da Economia.