No dia 7 de maio, o site do STF ficou fora do ar após registrar "acesso fora do padrão”. O inquérito corre sob sigilo e está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Os investigadores suspeitam que a suposta invasão possa ter relação com os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, também sob a relatoria do ministro.
“No curso do Inquérito Policial foram identificados os endereços de onde partiram os ataques, bem como as pessoas que, de forma sistemática e organizada, praticaram os crimes ora apurados. Com as medidas judiciais cumpridas nesta data busca-se identificar demais partícipes e circunstâncias dos atos criminosos praticados.”
De acordo com a PF, os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático e associação criminosa, cujas penas, somadas, podem chegar a cinco anos de reclusão.
Dados
Os indícios são de que o acesso não teria o intuito de sequestrar o ambiente, mas sim de obter dados.
Na ocasião, a Suprema Corte informou que o Supremo experimentou um "aumento expressivo" na quantidade de acessos no portal por meio de "robôs" adotados por empresas, entidades e outros profissionais ligados ao direito que capturam dados públicos, como andamento processual e jurisprudência, para uso lícito.
Nos casos em que os sistemas do Tribunal não identificam de imediato se a alta quantidade de acessos é oriunda de um "robô do bem" ou de um hacker com intenções ilícitas, medidas são adotadas para reforço da segurança de suas portas de entradas.
Segundo o STF, "o acesso fora do padrão foi contido enquanto ainda estava em andamento e, segundo informações preliminares, somente dados públicos ou de características técnicas do ambiente foram acessados, sem comprometimento de informações sigilosas".
Leet
A Polícia Federal indicou que o nome da operação, Leet, faz referência a termo também conhecido como eleet ou leetspeak, que "é uma alternativa ao alfabeto inicialmente no inglês, empregado principalmente na internet", usado por hackers.