O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, foi xingado pelo jornalista Diogo Mainardi durante programa da TV Cultura nesta quarta-feira, 28. Em nota, o criminalista disse que o apresentador “merece o mais profundo desprezo”.
Mainardi, ao citar Olavo de Carvalho, encerrou o debate mandando Kakay “tomar no c#”. Antes do ataque, o advogado falava sobre a Constituição quando Mainardi reagiu com “ai, ai, ai”. Kakay, então, disse que um debate deve ser regido por inteligência.
Em nota, o criminalista citou Manoel de Barros: “Só uso as palavras para compor meus silêncios.” Ele disse, ainda, que Mainardi “merece o mais profundo desprezo” e que ele se “finge que é um crítico do Bolsonaro, mas são pessoas do mesmo naipe”.
Ao fim, Kakay disse que ficaria com Mário Quintana: "Eles passarão, eu passarinho.”
A Anacrim – Associação Nacional da Advocacia Criminal manifestou repúdio às ofensas proferidas contra o advogado, ressaltando sua trajetória de 40 anos na atuação da advocacia.
“Noutra via, o jornalista mal-educado, arvora-se como entendedor de tudo, na mesma medida em que se revela conhecedor de nada, sobretudo boas maneiras.”
A associação ainda frisou que Mainardi não representa o jornalista sério, informativo e isento.
- Veja a nota da Anacrim.
Confira a íntegra da nota de Kakay:
Nunca o grande Manoel de Barros foi tão lembrado por mim como no “debate” ontem: “Só uso as palavras para compor meus silêncios.”
Não serei eu, em nenhuma circunstância, que irei censurar a fala de um “humorista” - como o Mainardi - que abusou do direito de ser indelicado e agressivo no programa. Ele merece meu mais profundo desprezo. No final, ele se mirou em um de seus ídolos, o tal Olavo de Carvalho, e me agrediu verbalmente. Durante todo o programa, ficava reclamando, mas sem conseguir se manifestar de maneira clara e com um raciocínio lógico. Talvez ele precise de tratamento para superar a queda e a desmoralização dos seus ídolos, como insinuou o Haddad quando foi ao programa, ou talvez seja mesmo só essa figura patética e decadente. O Brasil é um país triste hoje em dia por ter um presidente do nível do Bolsonaro. O tal Diogo finge que é um crítico do Bolsonaro, mas são pessoas do mesmo naipe. Ele, Olavo, Moro e Bolsonaro se merecem. Eu fico com o grande Mário Quintana: “Eles passarão, eu passarinho”