Está pautado para a próxima terça-feira, 9, ação que envolve o acesso de Lula aos arquivos e mensagens da operação Spoofing, aquela que investiga a invasão de dispositivos eletrônicos de autoridades.
O ministro Ricardo Lewandowski, relator, foi quem deliberou recentemente na ação. Em dezembro do ano passado, Lewandowski garantiu acesso de Lula aos arquivos e, na última segunda-feira, retirou o sigilo das mensagens que estavam nos autos do processo.
A retirada do sigilo movimentou a Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro. Na última quinta-feira, Deltan Dallagnol, ex-chefe da Lava Jato em Curitiba, e mais seis procuradores fizeram petição no STF para que Lula não tenha acesso a arquivos da operação Spoofing.
Nesta semana, Moro acionou o STF, por meio de reclamação, e pediu que o processo da operação Spoofing, que investiga a invasão de dispositivos eletrônicos de autoridades, seja retirado do gabinete do ministro Ricardo Lewandowski e enviado ao ministro Edson Fachin. Agora caberá a 2ª turma deliberar sobre o tema.
- Processo: Rcl 43.007
Mensagens
Como o conteúdo se tornou de conhecimento público, Migalhas compulsou as mensagens. Em um dos trechos separados, datado de 27 de fevereiro de 2016, procuradores colocavam em xeque a atuação de ministros do STJ. "Dizem que é assim que funciona no STJ", disse Paulo Galvão sobre propina para assessores.
Em outro bloco de mensagens, também de 2016, Moro pergunta se a denúncia contra Lula seria "sólida" o suficiente. Em outro momento, orienta Deltan a validar as provas na PF. Na vexatória troca de conversas, Deltan diz ao juiz como conduzir o interrogatório de um réu.
Em fevereiro de 2016, época em que o telefone de Lula estava grampeado, os procuradores fizeram uma tremenda confusão envolvendo os nomes de Dilma Rousseff e Rosa Weber.