Para a juíza Maria Consentino, do 1º Juizado de Violência Doméstica contra a Mulher de Belo Horizonte/MG, o machismo está presente em todas as instituições da sociedade.
Ao avaliar a sua instituição de trabalho - o Judiciário - a magistrada ponderou: “ainda que pese que [o Judiciário] tenha 38% apenas de seus servidores e magistrados sendo mulheres, ainda está acima do parlamento”. Segundo a magistrada, o Judiciário já deu grandes passos contra a desigualdade.
Um levantamento realizado por Migalhas em novembro de 2020, mostrou o cenário das Cortes Superiores: de 90 ministros, divididos entre cinco tribunais, apenas 14 são mulheres, correspondendo a 15,5%.
Quando questionada se já sofreu algum tipo de machismo quanto magistrada, Maria Consentino relatou que nunca experienciou nenhuma situação ostensiva, mas que sofre com a cultura naturalizada do machismo.