Ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, homologou o acordo de colaboração premiada do ex-governador do RJ Sérgio Cabral, de acordo com informes. O caso estaria no âmbito do Supremo porque, segundo consta, há pessoas mencionadas que teriam foro privilegiado, provavelmente do STJ e/ou TCU. O polêmico acordo foi celebrado com a Polícia Federal, após justa rejeição do MPF/RJ.
A delação está sob sigilo, mas, conforme noticia-se, o multicondenado teria se comprometido a devolver R$ 380 milhões. Ocorre, no entanto, que tal dinheiro já tinha sido apreendido. De modo que, não se compreende como alguém pode dar algo que nem sequer possui.
Se se confirmar a notícia de que há integrantes do STJ mencionados na delação, confirmar-se-á a teoria migalheira, já apresentada alhures, de que haveria outros interesses em jogo, entre eles a próxima vaga do STF. Quem viver, verá.
Cabral está preso desde 2016. Em tempo: o procurador-Geral da República, Augusto Aras, se posicionou contra a homologação da delação.