A autora foi considerada ousada por defender, nesta obra, a possibilidade da utilização da carta psicografada como meio de prova. Embora haja precedentes no Direito Penal, o tema é controverso e causa polêmicas, principalmente pelas discussões de cunho moral e religioso que levanta.
O fenômeno da psicografia é pouco conhecido em Portugal, onde a autora apresentou pela primeira vez este trabalho, nos seus estudos de pós-doutorado em Coimbra, mas amplamente divulgado no Brasil, pela existência do internacionalmente conhecido médium Chico Xavier.
Reconhecer a mediunidade como habilidade natural do ser humano, independente de crença e das dificuldades de demonstração científica do fenômeno, nos padrões academicamente aceitos, é um desafio que a autora se propõe a enfrentar com o presente trabalho. A autora busca demonstrar que não se trata de questão de crença, mas de fatos, mesmo que não compreendidos, que fazem parte de nossa realidade. Assim, ela concluiu, neste trabalho, pela possibilidade de utilização da carta psicografada como meio de prova, ainda que com ressalvas e com a devida cautela.
Sobre a autora:
Tatiana Bonatti Peres tem pós-doutorado em Democracia e Direitos Humanos pelo IGC da Universidade de Coimbra, graduação, doutorado e mestrado em Direito Civil pela PUC/SP. Advogada em SP. Autora de diversos livros e artigos jurídicos.
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Ganhadores:
Aparecido Alves Ferreira, de Porto Ferreira/SP; e
Ellen Cristina Marques Turchetti, de Barbacena/MG