Com plateia lotada, ministro Luís Roberto Barroso encerrou o último dia de palestras do 8º Congresso Brasileiro de Sociedades de Advogados, promovido pelo SINSA - Sindicato das Sociedades de Advogados dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Com o mote “30 anos da constituição cidadã: reformas legais e modernização das sociedades de advogados”, o evento aconteceu de 8 a 10/8, em SP.
E foi justamente esse o tema trazido pelo ministro do STF. Em suas reflexões, Sua Excelência ressaltou os pontos positivos destes seis lustros da Carta Magna. Confira abaixo a entrevista exclusiva ao Migalhas.
Na cerimônia de encerramento, o presidente do Sindicado, Luis Otávio Camargo Pinto, fez um balanço das importantes personalidades que passaram pelo congresso, como a profunda reflexão trazida por Flavia Piovesan, seguida pela leveza de Clovis de Barros e pela esperança do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, que falando sobre a dinâmica dos Recursos Repetitivos no novo CPC encerrou sua palestra citando Fernando Pessoa.
Ao anunciar o convidado mais esperado do dia, Luis Otávio se colocou como um otimista, tal qual o ministro do Supremo. “Como o sr. já disse, se tirarmos uma fotografia do atual momento do país, ela não será bonita, mas se fizermos um filme, veremos que conseguimos tirar muita gente da miséria.”
Destacando importantes conquistas, Barroso comemorou o controle da inflação, a estabilidade monetária e a superação dos planos econômicos fracassados. “Derrotamos a pobreza, a extrema exclusão social. Conquistamos o maior índice de desenvolvimento humano na América Latina, elevamos a expectativa de vida e o grau de escolaridade.”
Falou dos importantes avanços em matéria de direitos fundamentais, a começar pelos direitos das mulheres, sua ascensão no mercado de trabalho e liberdade sexual; inclusão de negros, pessoas LGBT, proteção de comunidades indígenas e liberdade de expressão.
Comemorou ainda o fim da ditatura. “Hoje, aqui e agora, estamos discutindo como combater a corrupção dentro do quadro constitucional, com o devido processo legal. Como elevar o patamar da ética pública e privada. Ou seja, de 70 pra cá a qualidade das nossas preocupações melhorou muito. Queremos mais e melhor.”
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