A defesa de Joesley Batista e Ricardo Saud, do grupo J&F, protocolou no STF petição para que o ministro Fachin revogue a prisão temporária dos executivos.
Eles foram presos no domingo, 10, a pedido do PGR Rodrigo Janot por omissão de informações na delação premiada do grupo.
No documento, que tem entre os signatários o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, os advogados sustentam que os requerentes “jamais cooptaram membro do Parquet e/ou omitiram informações maliciosamente, tampouco pretendem omitir provas”.
“Reconhece a defesa que o aludido áudio causa espécie numa primeira análise, sobretudo quando descontextualizada, tal qual fez divulgar ostensivamente a imprensa. Mas todas as passagens são passíveis de esclarecimentos, justamente como se propuseram a fazer e efetivamente fizeram os colaboradores nos depoimentos prestados no último dia 07 de setembro próximo passado.”
A defesa dos executivos afirma que eles não romperam com nenhuma cláusula constante do acordo de colaboração, tampouco omitiram deliberadamente informações e/ou documentos por má-fé, tendo voluntariamente entregado todo o material complementar que julgaram relevante para as apurações relacionadas à colaboração e na plena vigência do prazo de 120 dias assinalado no próprio acordo.
Em relação aos e-mails fornecidos pelo escritório Trench, Rossi e Watanabe Advogados, trocados entre o ex-procurador Marcelo Miller e uma ex-sócia da banca que mencionam os acordos da J&F, os advogados explicam:
"Os e-mails juntados aos autos e amplamente divulgados demonstram que os requerentes não figuraram como destinatários da troca de mensagens entre MARCELO MILLER e a advogada ESTHER FLESCH, de forma que não tinham e nem poderiam ter conhecimento de e-mails internamente encaminhados pelos integrantes da referida banca de advocacia."
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Processo relacionado: AC 4.352