O desembargador afirmou que os veículos representam "algo ao redor de 0,16%" dos investimentos da Corte e que foram adquiridos "para transportar, com segurança, magistrados e servidores, cujas vidas, para a direção do TJ, não tem preço". Além disso, o dinheiro para a compra não será do contribuiente e sim da venda da folha de pagamento à CEF (R$ 21 mi).
Veja os esclarecimentos do presidente e a reportagem do G1.
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Notícias parciais desinformam a opinião pública
Jornalistas de diversos veículos – jornal, rádio, TV, blogs, portais – têm demonstrado, nesses últimos dias, viva e candente indignação. Isto porque – inominável heresia! – o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná determinou a realização de pregão eletrônico, para a aquisição de cinco camionetas "de luxo", para transporte de equipes da Corregedoria e da presidência, nas constantes viagens ao Interior do Estado.
"O Judiciário do Paraná tem outras prioridades", vocifera um; "vejam só o carro que eles querem, tem até GPS e som digital", brada outro, apoplético; "o freio é ABS e o câmbio é automático", grita o colérico comentarista, à beira de um ataque de nervos. E aí por diante. Itens de fábrica, para carros desse modelo, aptos a transportar sete passageiros, transformam-se em opcionais desprezíveis, luxo só, na visão dos rigorosos censores. "Deveriam, comprar carro de menor valor", fustigam. Berra, ensandecida, a apresentadora: "É dinheiro do contribuinte, é o meu, o seu dinheiro, telespectador!"
A julgar pela quantidade de tempo e tinta gastos com os irados comentários, tem-se a impressão de que o noticiário anda meio pobre, aqui pela terra das araucárias...
A empresa vencedora indicou valor unitário de R$173.990,00 para o fornecimento dos veículos – quase oitocentos e setenta mil reais, no total.
Estamos construindo, hoje, no Paraná, vinte e seis prédios, a quase totalidade destinada a abrigar fóruns, no Interior. Alguns deles estavam quase desabando. São 243 milhões de reais em obras. Com os 91 milhões pagos pela desapropriação do prédio da Rua Mauá, em Curitiba, de 31.000m2, são mais de 330 milhões em edificações novas.
Nesses vinte meses de gestão, foram criados quase 150 cargos de juiz de direito. Despesa anual aproximada, de 45 milhões de reais.
Foram instaladas 76 Varas Judiciais e Comarcas (3). Contratados quase 1.200 assessores para os magistrados, em todo o Paraná. Nomeados perto de 700 servidores – para aumentar a produtividade, acelerar o andamento dos processos, melhorar a qualidade dos serviços prestados à população. Criados 80 cargos de analista de sistemas e técnicos de computador. Nomeados 75 analistas de nível superior – assistentes sociais, psicólogos, pedagogos – para as equipes técnicas de Família, Infância e Juventude. Calculem os iluminados jornalistas o montante dessas despesas: por baixo, mais de 85 milhões por ano. Só com estagiários, cerca de 2.800 – aí incluídos os de pós-graduação – acrescentem-se 25 milhões de reais.
E isso ainda é pouco: milhares de computadores, impressoras, mobiliário, materiais diversos. Assim, nesse cálculo aligeirado, atingimos quase 500 milhões de reais, investidos na ampla modernização do Judiciário paranaense.
As tais camionetas representam, pois, algo ao redor de 0,16% desses investimentos.
E foram adquiridas para transportar, com segurança, magistrados e servidores, cujas vidas, para a direção do TJ, não têm preço.
Com a venda da nossa folha de pagamento à Caixa Econômica Federal, auferimos 21 milhões de reais. Receita para o FUNREJUS. Portanto, não se despenderá dinheiro do contribuinte.
Segunda-feira passada, dia 1.º/10, inauguramos o Fórum da CIC, que atenderá população estimada em 240 mil pessoas. Silêncio quase total nesses órgãos sensacionalistas. Estava lá, apenas, competente equipe da TV Educativa. Nos jornais, dias antes, mísera notinha em página interna. Depois, absolutamente nada – nem uma fotografiazinha três por quatro, para mostrar como ficou bonito e funcional aquele fórum descentralizado.
Será que os jornalistas noticiarão, semana que vem (dia 09/10, às 17h), a inauguração do Fórum da Família, Infância e Juventude, na Rua da Glória? Prédio novo, mais de 8.000m2, que acolherá condignamente os cidadãos curitibanos, advogados, promotores, servidores e juízes. Pelo andar da carruagem, melhor não nutrir muita esperança...
Tem-se a impressão de que o objetivo único é desinformar a população, despertar rancores, distorcer, ironizar, menoscabar. Informação boa, ao que tudo indica, é a negativa. Jornalista competente é aquele que espiolha o lado negativo – e faz com que a opinião pública, reduzida à expressão simplória de massa de manobra – expresse opiniões equivocadas, na mais densa e santa ignorância.
Ninguém pretende unanimidade. O direito à crítica é inalienável. Mas ao menos, forneçam ao leitor dados completos. Por favor, não fragmentem a realidade, agindo com parcialidade.
Peço-lhes, uma vez mais: façam justiça ao Judiciário do Paraná!
Miguel Kfouri Neto
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Tribunal de Justiça do Paraná quer comprar cinco caminhonetes de luxo
Edital já foi lançado; licitação deve ser concluída na quinta-feira (2).
No início do ano, TJ recebeu 90 carros para os desembargadores.
O Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná lançou edital de licitação para a compra de cinco veículos para o órgão que, conforme descrição do edital, devem ter tração 4X4, câmbio automático, banco de couro e ar condicionado digital. As propostas começaram a ser recolhidas na quinta-feira (20) e os lances serão realizados na terça-feira (2).
A modalidade da concorrência será o menor preço e o TJ pretende gastar, no máximo, R$ 947.375,00 com a compra.
Para atender a todos os requisitos, os automóveis devem ser caminhonetes já que o edital exige motorização igual ou superior 2.950 centímetros cúbicos (3.0 L) e potência igual ou superior a 170 CV. São exigidos também faróis de xenon, sistema de som CD/ MP3 player com entrada USB e GPS.
Os novos carros vão se juntar aos outros 90 comprados em 2011 e entregues neste ano para levar os desembargadores de casa ao trabalho. Na ocasião o TJ pagou R$ 50 mil por veículo.
A reportagem tentou falar com o presidente do TJ, desembargador Miguel Kfouri Neto, entretanto, soube que ele está em viagem. A assessoria de imprensa informou que os veículos serão utilizados pela Corregedoria, em trabalhos no interior do estado, bem como pela cúpula da presidência.
A justificativa é a mesma utilizada pelo presidente quando foi anunciada a contratação de serviço de frete de aeronave. À época, ele enfatizou que, em alguns casos, a Corregedoria deve ir para cidades do interior do estado que não são atendidas pelos voos domésticos ofertados pelas companhias áreas.