A polêmica sobre a existência de racismo em obra do autor Monteiro Lobato ainda teve início quando o Iara - Instituto de Advocacia Racial e o técnico em gestão educacional Antônio Gomes da Costa Neto questionaram, inclusive no STF, a obra "Caçadas de Pedrinho", afirmando que ela possui "elementos racistas".
Ao citarem trechos do livro Caçadas de Pedrinho dizem que "não há como se alegar liberdade de expressão em relação ao tema quando da leitura da obra se faz referências ao "negro" com "estereótipos fortemente carregados de elementos racistas". O livro infantil foi publicado em 1933, é adotado por escolas públicas e faz parte do acervo do Programa Nacional Biblioteca na Escola.
No início de setembro, uma a audiência de conciliação sobre a adoção de livros de Monteiro Lobato pela rede pública de ensino foi convocada pelo ministro Fux. No entanto, terminou sem acordo. No MS, o instituto reivindica que a obra seja apresentada com um encarte explicativo. Também há a exigência de que os professores sejam capacitados para tratar do assunto na escola.
Para sanar os pontos críticos ocorreu uma reunião nesta terça-feira, 25/9, no MEC, que também terminou sem acordo. A questão, agora, deverá ser decidida no Supremo.