Em um cenário onde a tecnologia se torna cada vez mais relevante para o funcionamento das empresas, o ambiente corporativo enfrenta novos desafios. Isso porque, embora as soluções digitais tenham proporcionado diversos benefícios em termos de eficiência e comunicação, elas também expuseram as organizações a uma série de riscos, sobretudo no que diz respeito à segurança cibernética.
Ataques como ransomware e phishing estão entre as ameaças cibernéticas mais comuns que vêm ocasionando prejuízos consideráveis. No Brasil, em 2023, 83% das empresas afetadas por ransomware acabaram efetuando o pagamento de resgate para recuperar suas informações, segundo dados da Sophos, fornecedora britânica de softwares de segurança.
Esse dado revela a vulnerabilidade de muitas organizações, demonstrando que grande parte das empresas ainda não investe de forma adequada em programas de conscientização e treinamento das equipes contra ataques cibernéticos. A falta de preparação, muitas vezes, permite que criminosos se aproveitem de brechas humanas, utilizando técnicas cada vez mais avançadas para acessar dados confidenciais, o que acaba ocasionando prejuízos financeiros e reputacionais.
Uma das defesas mais eficazes contra os ataques cibernéticos é, sem dúvida, a educação dos colaboradores: treinar a equipe para identificar tentativas de ataques cibernéticos, implantar boas práticas de segurança e criar uma cultura de proteção são medidas essenciais para reduzir os riscos.
Além das iniciativas de conscientização, a implementação de soluções tecnológicas robustas é fundamental. O uso de firewalls, antivírus, senhas fortes e a criação de rotina de backups frequentes são práticas indispensáveis para mitigar os danos de possíveis ataques.
Mas a proteção não pode parar por aí: é crucial que as empresas desenvolvam uma governança de dados eficaz, que contemple não apenas a proteção e o monitoramento constante, mas também um plano de resposta a incidentes. Esse plano deve incluir a investigação detalhada de eventuais violações, além da notificação imediata à ANPD - Autoridade Nacional de Proteção de Dados e aos titulares dos dados afetados, de acordo com as exigências da legislação vigente.
A adoção de medidas preventivas é muito mais econômica e eficiente do que tentar remediar os danos após um ataque. Por essa razão, a segurança digital já não é mais um aspecto técnico restrito a especialistas da tecnologia da informação, mas sim uma questão estratégica vital para o sucesso e a sobrevivência das empresas no cenário atual.
Diante desse cenário, a pergunta não é se sua empresa será alvo de ataques, mas sim quando e quão preparada ela estará para enfrentá-los. Não deixe para agir depois que o dano estiver feito – a prevenção e a educação digital corporativa são os pilares que podem garantir a proteção e a longevidade do seu negócio.