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Justiça de SP proíbe venda de livros sobre morte de Isabella Nardoni

A 1ª Vara Cível de Santana, em São Paulo, mandou apreender todos os exemplares do livro ‘Isabella’, que passou a circular na região Sudeste há alguns dias. O livro, de autoria de Paulo Roberto Papandreu, clínico geral no Rio Grande do Sul, inocenta o pai e a madrasta e defende a tese de acidente doméstico para explicar a morte da menina e a queda dela do sexto andar do prédio onde o casal Nardoni morava.

5/10/2009


Caso Isabella

Justiça de SP proíbe venda de livros sobre morte de Isabella Nardoni

O jornal O Dia Online noticiou ontem, 4/10, a proibição da venda de livro sobre Isabella Nardoni. A 1ª vara Cível de Santana/SP mandou apreender todos os exemplares do livro 'Isabella', que passou a circular na região sudeste há alguns dias. No livro, o autor e clínico geral, Paulo Roberto Papandreu, inocenta o pai e a madrasta e defende a tese de acidente doméstico para explicar a morte da menina.

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Justiça proíbe venda de livro sobre Isabella Nardoni

Obra de médico gaúcho trata a morte da menina como acidente doméstico em vez de um crime, como apontam investigações

 

A 1ª Vara Cível de Santana, em São Paulo, mandou apreender todos os exemplares do livro ‘Isabella’, que passou a circular na região Sudeste há alguns dias. O livro, de autoria de Paulo Roberto Papandreu, clínico geral no Rio Grande do Sul, inocenta o pai e a madrasta e defende a tese de acidente doméstico para explicar a morte da menina e a queda dela do sexto andar do prédio onde o casal Nardoni morava.

 

O juiz Edmundo Lellis Filho atendeu ao pedido da mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, e concedeu a liminar na quinta-feira, proibindo a venda, divulgação e discussão sobre o conteúdo do livro pelas partes envolvidas. Também decretou segredo de justiça.

 

Família de Isabella fica "satisfeita" com proibição de livro

 

Conforme informações obtidas por O DIA, a Justiça apreendeu cerca de três mil exemplares em São Paulo. O casal Nardoni foi denunciado pelo Ministério Público como autor do assassinato da menina, ocorrido em março de 2008, e vão ser julgados pelo Tribunal do Júri, provavelmente até o início do ano que vem. Pai e madrasta da criança estão presos. O casal alegou que ela foi jogada pela janela por um suposto assaltante.

 

Lançado no Rio Grande do Sul em junho, o livro tem na capa uma fotografia de Isabella. A mãe da criança entrou com ação na Justiça contra o autor da publicação e contra a Gráfica e Editora Palotti, que fez a impressão, pedindo a retirada dos exemplares de circulação e indenização por danos morais.

 

Ana Carolina considerou que o livro contém inverdades e que atingiu a memória da criança, além de explorar sua imagem na capa do livro, com fins lucrativos, sem pedir permissão para isso. A segunda edição do livro teria um título novo, ‘Isabella — verdade nova’.

 

Procurado, o promotor Francisco Cembranelli, que denunciou o casal à Justiça, afirmou que está impedido de se pronunciar sobre o conteúdo do livro, mas que reafirma o que já disse no início da semana: "O livro é uma bobagem sem tamanho, feito por uma pessoa de outro estado da federação, que não participou nem teve acesso aos 25 volumes do processo, mas com objetivo financeiro, de obter publicidade para alavancar a venda".

 

Tesoura na cozinha depois de ser usada para cortar tela

 

O autor do livro apreendido, Paulo Roberto Papandreu, escreveu que a menina Isabella Nardoni teria caído sozinha. O promotor Cembranelli afirma que essa hipótese é mencionada nos autos, mas foi descartada devido às provas contra o casal, que derrubam também a tese de que a menina foi morta por um ladrão. Uma das provas, disse o promotor, é a tesoura usada para cortar a tela, encontrada na cozinha junto com uma faca.

 

Segundo ele, a perícia conseguiu localizar na lâmina da tesoura um fio da tela cortada. Há ainda manchas de sangue removidas do apartamento e a fralda com manchas de sangue, encontrada de molho.

 

"Imaginar que a Isabella cortou a tela, colocou a tesoura na cozinha, deixou o apartamento limpo e ainda teve o cuidado de colocar a fralda de molho, antes de se jogar sozinha pela janela, é um atentado contra ela", indigna-se o promotor. Já o ladrão, diz ele, teria tido menos de seis minutos para matar, limpar o local e sair do prédio sem deixar vestígios.

 

 

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