Compulsória
Desembargador Federal Castro Guerra se aposenta
A 10ª Turma do TRF da 3ª região realizou ontem, 26/5, a última sessão de julgamento com a presença do desembargador federal Carlos André de Castro Guerra, que no próximo dia 31/5 completará 70 anos e irá se aposentar.
O início da sessão foi marcado por homenagens realizadas para o magistrado. A presidente da 10ª Turma, desembargadora Federal Anna Maria Pimentel, abriu o evento ressaltando as realizações empreendidas pelo desembargador Castro Guerra ao longo de sua carreira.
O desembargador Federal Sérgio Nascimento prestou homenagens relembrando sua grande contribuição à Justiça. Ele destacou que o magistrado começou em 1958 como estagiário, quando cursou a Faculdade de Direito na Universidade Federal Fluminense e de 1962 a 1973, dedicou-se à advocacia.
Assumiu, então, o cargo de procurador da Fazenda Nacional no Rio de Janeiro. Em 1983, foi aprovado no concurso para ingresso na magistratura estadual, tomando posse como juiz de Direito em 1984, atuando em diversas comarcas do estado: Duque de Caxias, Itaboraí, Nova Iguaçu, Angra dos Reis, Parati e Niterói, sua cidade natal. Na cidade do Rio de Janeiro, chegou a juiz titular da 10ª Vara do Foro central. Ingressou na carreira de juiz federal em 1983 e chegou a desembargador em 21 de abril de 2003.
Recentemente, os vereadores cariocas concederam ao desembargador Castro Guerra o título de cidadão honorário do município do Rio de Janeiro.
Castro Guerra também recebeu homenagens do procurador do MP/SP, Paulo Tadeu Gomes da Silva, que lembrou que suas decisões sempre se pautaram pela busca da justiça social e do advogado Carlos Eduardo Nascimento, representando a OAB, parabenizou o desembargador por sua conduta reta.
Durante a sessão, a desembargadora Federal Diva Malerbi entregou ao homenageado uma placa de agradecimento pelos trabalhos prestados à justiça.
Em seu discurso, o desembargador federal Castro Guerra agradeceu a todos que acompanharam sua trajetória: magistrados, servidores, procuradores e advogados, não se esquecendo do apoio incondicional de sua esposa, Carmen Millar de Castro Guerra.
O desembargador afirma que: "Não existem muitas palavras para dizer da dimensão que representa esses momentos na minha vida, na vida de magistrado. A vida de magistrado é muito introspectiva, presa a um processo. Mas uma particularidade me deixa feliz, é que eu lidei com a melhor parte dos jurisdicionados brasileiros, eu lidei com os hipossuficientes, com aqueles que realmente necessitam e não têm como pedir".
Ele destacou o trabalho que a 10ª Turma realizou, determinando a imediata implantação do benefício ao jurisdicionado em ação previdenciária: "A 10ª Turma, pela primeira vez, ultrapassava os limites do processo. Foi possível realizar o sonho, a pretensão, o desejo de quem dificilmente é ouvido ou lembrado".
"Saio pela porta que entrei e saio como que se tivesse todos os jurisdicionados hipossuficientes caminhando ao meu lado", encerrou o desembargador.
O coral do Tribunal prestou uma homenagem ao magistrado cantando "Garota de Ipanema" e "Caçador de Mim".
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