Só em 2009 !
Hotel histórico do Centro ainda passa por reformas para receber 120 desembargadores do TJ
As obras deveriam terminar até 31/10 deste ano, mas o TJ não considerou satisfatória a situação do prédio e pediu a troca de todos os elevadores e do sistema de ar condicionado.
O dono do imóvel concordou com as exigências e as obras devem continuar até o fim do ano. O engenheiro Leandro Ferreira, que supervisiona a reforma, confirmou que ainda faltam dois meses para o final das intervenções.
"Houve mudanças, aditivos ao contrato, que no início não previa essas intervenções nos elevadores e no ar condicionado." Segundo o engenheiro, estão sendo trocados todos os dutos do ar condicionado, com instalação de uma nova máquina em cada um dos 35 andares. Nas salas, serão instalados 399 aparelhos horizontais, com controle remoto.
As maiores modificações aconteceram do 1º ao 10º andares, as grandes lajes. A piscina do décimo andar vai ser transformada em espelho d'água. Do 11º ao 32º andar, onde antes havia os apartamentos do hotel, ficarão os gabinetes dos desembargadores.
Cada magistrado vai ocupar três salas do antigo hotel, totalmente remodeladas. Dois ambientes ficarão para um escrevente e um assistente, além de um amplo gabinete para os desembargadores.
"Trata-se de um retrofit, uma completa reestruturação interna, mantendo-se a fachada exterior", explica o engenheiro Leandro Ferreira. Nesta fase final, trabalham cerca de 150 pessoas, mas a obra já teve cerca de 500 operários em ação.
Um desses trabalhadores, Waldemar Agosti, é funcionário do setor de manutenção do Hilton há 35 anos. Ajudou a construir o prédio e foi trabalhar em outra obra.
Convidado a voltar em 1972, permanece desde então no edifício cilíndrico. O hotel pertencia a um consórcio, mas foi comprado por um empresário que já adquiriu a maior parte das ações e está comprando as cotas restantes para ter controle total sobre o imóvel.
Aluguel de R$670 mil
A assessoria de imprensa confirmou que o Tribunal de Justiça pediu as modificações no projeto original de reforma do Hilton. Em nota, informou que depois de buscar um imóvel com metragem necessária para acomodar 120 gabinetes de desembargadores da Seção de Direito Público, houve escolha pelo antigo Hilton "não por se tratar de um ex-hotel de alta categoria, e sim em razão de possuir metragem condizente com a nossa necessidade, além de o proprietário ter concordado em arcar com as despesas relativas às adaptações que se fizeram necessárias".
Ainda de acordo com o TJ, a construção de imóveis para abrigar as unidades de trabalho da Corte são de competência do Poder Executivo (Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania), que não tinha, nos próximos dois anos, projeto para construção de um novo prédio. O imóvel ocupado atualmente encontra-se em situação precária, e o dono não concordou em arcar com as despesas para as adaptações necessárias.
A partir disso foi necessário buscar outro local, no caso o Hilton. As obras para reformulação do antigo hotel foram custeadas pelos proprietários. Quando estiver pronto e ocupar o imóvel, o TJ passará a pagar aluguel mensal de R$670 mil.
____________________
_______________
Fonte : Centro Novo (Clique aqui)
____________________