LDO
A previsão é de que a matéria seja votada à tarde pelo Plenário do Congresso, permitindo o início do recesso parlamentar.
A aprovação do texto-base da LDO foi precedida de longas negociações entre os parlamentares e a área econômica. O acordo que permitiu a votação não preservou os programas sociais da possibilidade de contingenciamento de seus recursos pelo Governo, como pretendia o relator do projeto, senador Garibaldi Alves Filho. Ele conseguiu evitar, contudo, que a tesoura do Executivo seja usada para cortar recursos da Embrapa e de quatro fundos da área de segurança pública.
Salário mínimo
Para o relator, a principal conquista da LDO foi garantir um critério de reajuste real do salário mínimo. A correção será feita com base no aumento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que se calcula dividindo a geração de riquezas do País durante o ano pelo número de habitantes.
Nas negociações da LDO, o Palácio do Planalto aceitou a utilização desse critério apenas para 2005. Segundo o líder do Governo no Congresso, senador Fernando Bezerra (PTB-RN), o Executivo vai enviar ao Congresso um projeto de lei para definir em caráter definitivo os parâmetros de recuperação do salário mínimo.
Recursos da Cide
Por falta de acordo sobre o tema, o relator tinha excluído da LDO o dispositivo que previa a aplicação obrigatória de 40% da arrecadação da Cide (o imposto dos combustíveis) na recuperação de rodovias. O Executivo, que utiliza esses recursos para a formação de superávit, alegava que a medida engessaria o orçamento. No final, o relator decidiu manter a vinculação, que a Base Aliada promete derrubar no Congresso.
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