Migalhas Quentes

Afastados

Desembargadores TRF-2 são afastados pelo STJ

17/6/2004

 

Afastados

 

 

 

O STJ decidiu ontem afastar do cargo os desembargadores Ricardo Regueira, Ivan Athié e Francisco Pizzolante, acusados de integrar um esquema de venda de sentenças no TRF-2, sediado no Rio. Por maioria, os ministros acolheram denúncia do MPF que acusa os três de terem cometido crime de falsidade ideológica no julgamento de processos ajuizados no tribunal.

 

A Corte decidiu ainda pelo prosseguimento das ações penais a que os desembargadores respondem por terem julgado processos que teriam chegado às mãos deles a partir de irregularidades na distribuição. O afastamento vai durar enquanto tramitar o processo.

 

As acusações integram uma série de inquéritos abertos no STJ que tem os três desembargadores como alvo. O Ministério Público sustenta que eles integram um suposto mercado de sentenças judiciais que funcionaria no TRF-2.

 

Dois julgamentos

 

Como eram processos diferentes, os afastamentos foram decididos em dois julgamentos. Ainda de manhã foi determinado o afastamento de Pizzolante. Dos 18 ministros que participavam da sessão da Corte Especial, 17 votaram a favor do recebimento da denúncia do MP (o presidente do STJ, ministro Édson Vidigal, não precisa votar). A favor do afastamento de Pizzolante, foram 16 votos contra um, do ministro Nilson Naves.

 

No meio da tarde os ministros começaram a julgar se aceitavam a denúncia do MP em relação a Ricardo Regueira e Ivan Athié. O julgamento se estendeu até as 20h30m. Por 13 votos a cinco, a Corte acolheu o pedido para que o processo prosseguisse. Ao mesmo tempo, decidiu também pelo afastamento dos dois, seguindo o voto do relator do processo, ministro Félix Fischer. Como o quorum não era suficiente para afastar os desembargadores, houve nova votação. No fim, foram 14 votos a favor do afastamento e quatro contrários.

 

Na ação penal 246, aberta a partir de denúncias surgidas no ES (área também sob jurisdição do TRF-2), Regueira e Athié são acusados de aceitar e julgar processos impetrados irregularmente pelo escritório do advogado Beline José Salles Ramos, de Vitória. Salles Ramos, que juntamente com outros advogados de seu escritório também foram denunciados pelo MP, tentava validar títulos antigos da dívida pública para o pagamento de dívidas junto à Fazenda Nacional. Segundo o MPF, os advogados lançaram mão de artifícios como a troca de número dos processos para fazer com que as ações chegassem às mãos de Athié e Regueira. À época, Athié era titular da 4 Vara Federal de Vitória.

 

_______________ . 

 
Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Notícias Mais Lidas

TJ/MG revoga liminar e veta transfusão em paciente testemunha de Jeová

15/7/2024

Herdeiros que ocupam imóvel exclusivamente devem pagar aluguel

16/7/2024

OAB/SP divulga nova tabela de honorários com 45 novas atividades

15/7/2024

TJ/BA anula sentença após juiz dizer que "lugar de demônio é na cadeia"

15/7/2024

Funcionária chamada de “marmita do chefe" por colegas será indenizada

16/7/2024

Artigos Mais Lidos

Partilha de imóvel financiado no divórcio

15/7/2024

Você sabe o que significam as estrelas nos vistos dos EUA?

16/7/2024

Inteligência artificial e Processo Penal

15/7/2024

Advogado, pensando em vender créditos judiciais? Confira essas dicas para fazer da maneira correta!

16/7/2024

O setor de serviços na reforma tributária

15/7/2024