Migalhas Quentes

Resultado do Sorteio de obra "Conflitos no Comércio Internacional"

16/10/2007


Sorteio de obra

Migalhas tem a honra de realizar o sorteio da obra "Conflitos no Comércio Internacional" (Editora Aduaneiras - 188 p.), escrita e gentilmente oferecida pelo jornalista Dirceu M. Coutinho.

Sobre a obra :

Na apresentação do autor, ele informa que; o livro foi concluído quando o Brasil e a América do Sul, como um todo, viviam o impacto da visita do presidente George W. Bush, procurando recuperar o terreno político perdido no continente.

Usou a plataforma Brasil para lançamento da nova estratégia, que consiste em "calçar a sandália da humildade", ou se preferirem, da solidariedade. Temos vários Capítulos explicando sua estratégia.

Na realidade, este acontecimento (histórico) também faz parte dos "Conflitos no Comércio Internacional", ainda mais se considerarmos o componente beligerante chamado Hugo Chávez, que pode ser uma reedição de Fidel Castro, piorada e ampliada.

Esses conflitos são originários da ganância do liberalismo econômico que está cada vez mais forte e que gera o famigerado capitalismo selvagem. Exemplo: o poderoso presidente Bush tem poder até para desencadear uma guerra nuclear, mas não pode mexer na política comercial dos Estados Unidos sem anuência do Congresso Nacional, dominado pelo conservadorismo liberal. É que muitos congressistas são dublês de parlamentar e fazendeiro e outros têm suas campanhas eleitorais, em grande parte, financiadas por fazendeiros, em geral. Na França, é a mesma coisa. Quiseram mexer no subsídio aos produtores rurais, eles ameaçaram desfilar suas vacas sob o arco do triunfo, na avenida Campos Elísios. No Japão, é pior ainda, porque esse é o país mais protecionista do planeta.

Mas, a evidência maior dos conflitos no comércio internacional é a paralisação total da Rodada Doha. Foi lançada em 2001 e paralisada em 2006, porque os países ricos resistem na redução do protecionismo de seus produtos agrícolas. E os países emergentes, por sua vez, resistem em liberar a importação de produtos industrializados.

Os países ricos subsidiam seus produtos agrícolas em cerca de US$ 360 bilhões por ano, ou seja, aproximadamente 1 bilhão por dia! Isto, para que seus produtos possam competir no mercado internacional. Uma perspectiva para este imbróglio me foi apresentada pelo talentoso Gilberto Dupas, professor da USP: "Decisões para superar essa crise implicarão grandes perdedores".

A briga no comércio exterior é feia! Prevalece a hipocrisia, o vale-tudo. O então Ministro da Agricultura do governo brasileiro, Roberto Rodrigues, em dado momento desabafou: "No comércio exterior só tem bandidos". A pirataria é um fato consumado, principalmente na China. Paradoxalmente, a China do Partido Comunista financia o déficit comercial do Estados Unidos, comprando títulos do Tesouro americano.

A partir de uma análise provocativa a respeito do cenário econômico mundial em que se estabelecem as políticas de comércio exterior, Coutinho leva o leitor a refletir sobre aspectos das relações comerciais de nações com formas de governo tão díspares quanto os EUA e os países orientais. Com base nessa análise, questiona a incoerência dos sistemas neoliberais adotados pela maioria dos governos, ao mesmo tempo em que um país de economia rural medieval como a China lança bases para ocupar o primeiro posto na escala econômica mundial.

Sobre o autor :

O jornalista Dirceu M. Coutinho há muitos anos se dedica ao estudo do comércio internacional. Sempre dá ênfase aos aspectos políticos. Ele parte do princípio que todo fato comercial envolvendo o governo tem, na sua raiz, um componente político.

Começou a escrever sobre o comércio internacional no final da década de 80, no "O Estado de S. Paulo" – Caderno Marinha Mercante, que por questão de ética precisou interromper, quando assumiu a Coordenação de Comunicação Social do então Ministério da Indústria e Comércio – gestão Roberto Cardoso Alves. Depois, assumiu o mesmo cargo, na Câmara Municipal de São Paulo. Também ocupou o cargo de secretário de Imprensa da Prefeitura de São Paulo.

Aos 23 anos já mantinha uma coluna diária, assinada, num jornal de grande circulação – "Última Hora". Atuou como assessor de imprensa de políticos, homens do governo e empresários.

Na capital do País, vivenciou, como repórter, toda a conturbada década de 60. Mantém a coluna "Globalização" há muitos anos, em várias publicações. Atualmente é editor-responsável das publicações dirigidas "Jurista" e "O Tributário". Também é colunista de "Sem Fronteiras".

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Resultado :

  • Fabiana Marucci, advogada da empresa DAORO Empreendimentos, de Vinhedo/SP.


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