Migalhas Quentes

Documentário

O projeto tem como objetivo documentar as sessões

30/4/2004

 

Documentário Mediação Familiar Brasil-Canadá mostra como a mediação pode contribuir nas questões legais e familiares

 

 

Será lançado em setembro o documentário Mediação Familiar Brasil-Canadá, dirigido por Denis Rodriguez e produzido por Cássio Filgueiras e Célia Cristina Whitaker, com patrocínio da Agência CIDA - Canadian International Development Agency -, do Consulado Geral do Canadá em São Paulo e da Aster Petróleo.

 

Baseado no trabalho desenvolvido pelo Centre Jeunesse de Montreal, o projeto tem como objetivo documentar as sessões de mediação familiar e da vida cotidiana de oito casais, canadenses e brasileiros, e mostrar como a mediação pode ser uma ferramenta de pacificação de conflitos.

 

Nos últimos seis meses, o documentário acompanhou e documentou a mediação de quatro casais em Quebec, no Canadá. A partir de maio, fará o registro de separações de casais em São Paulo, a fim de comparar os modelos de política pública exercida em cada país.

 

O resultado – pelo menos o que se observou nas gravações já realizadas em Quebéc, no Canadá, é que as separações se fazem de modo consensual e mais amigável, tanto para os cônjuges como para os filhos, os quais normalmente sofrem o estresse e o desgaste produzidos pelas mesmas. Além disso, o modelo canadense agiliza sensivelmente o trâmite jurídico.

 

Em todo o mundo, a cultura da paz (na qual o modelo de mediação está inserida) representa um desafio para os governos sociais. No Brasil não há políticas públicas que dêem conta do colapso das relações pessoais e familiares. As separações litigiosas são altamente custosas para o Estado e para os membros da família; os processos são lentos na Justiça e abalam a estrutura psicológica de todos os envolvidos.

 

O documentário Mediação Familiar Brasil-Canadá terá duas horas de duração e será dividido em dois módulos, sempre fazendo contraponto entre os casais brasileiros e canadenses. Adquire importância para a sociedade brasileira por seu impacto sócio-educacional, já que propõe a formação de uma sociedade voltada para a cultura da paz. Profissionais de diversas áreas, advogados, psicólogos, assistentes sociais, trabalham em conjunto na humanização das questões familiares.

 

Com apoio do Instituto da Paz, do IBDFAM (Instituto Brasileiro de Direito de Família), da Sociedade Brasileira de Psicanálise, do CEREMA (Centro de Referência em Mediação e Arbitragem) e do Pró-Mulher e Cidadania, entre outros, o documentário será mostrada pela primeira vez em 30 de setembro, no MASP, seguido de palestra e debate com mediadores canadenses e brasileiros.

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